Para acalmar base, Dilma autoriza liberação de R$ 4,9 bilhões em emendas parlamentares

A primeira liberação de recursos a parlamentares é uma tentativa do governo de acalmar deputados e senadores em meio às crises política e econômica

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em busca de um melhor relacionamento e para acalmar parlamentares, a presidente Dilma Rousseff autorizou a liberação, até dezembro, de cerca de R$ 4,9 bilhões referentes a restos a pagar de emendas parlamentares de 2014 e anos anteriores, segundo o jornal Folha de S. Paulo. A primeira “leva”, de R$ 700 milhões, foi liberada na semana passada.

“São R$ 4,9 bilhões que começaram a ser liberados com R$ 700 milhões na semana passada. Vai ser espaçado [o pagamento] em agosto, setembro e outubro”, afirmou o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), ao jornal.

 A primeira liberação de recursos a parlamentares é uma tentativa do governo de acalmar deputados e senadores em meio às crises política e econômica. A demora para liberar as emendas estava atrapalhando a articulação política do governo. Deputados dizem estar sendo pressionados por prefeitos em suas bases eleitorais que, às vésperas das eleições, não têm recursos para executar as obras.

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A insatisfação refletiu algumas votações importantes no Congresso, como a das medidas de ajuste fiscal, que contaram com “traições” da base aliada.

Mais cedo, o jornal O Estado de S. Paulo fez reportagem destacando a liberação de R$ 1 bilhão em emendas parlamentares, além de fazer menção à reunião da presidente Dilma com os governadores.

Na reunião de coordenação política, na segunda-feira, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, apresentou a colegas da área política dados que mostram indícios de uma reação e uma recuperação real já no ano que vem. Ontem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou, ao sair de uma reunião com empresários, que há sinais de boas notícias, como uma leve recuperação das exportações.

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Dilma quer que os dois ministros façam a mesma apresentação aos governadores. A intenção é angariar apoio às medidas que estão sendo tomadas para tentar recuperar a economia e, indiretamente, à própria presidente, em uma tentativa de mostrar que há um projeto de governo e que Dilma é a garantia da solução para a crise econômica.

A presidente quer mostrar os caminhos que o governo está traçando para sair da crise, que há viabilidade política nas suas propostas e que todos podem se beneficiar deles, desde que mobilizem suas bancadas para aprovar projetos importantes na recuperação da economia e na repatriação de recursos. 

O Planalto também agendou para a próxima segunda-feira (3) um megajantar para líderes governistas e partidos aliados no Palácio da Alvorada, segundo blog de Fernando Rodrigues, do Uol. Dilma espera para as 20h (horário de Brasília) um número de convidados que pode chegar a 80. A intenção é mostrar disposição para ouvir. 

(Com Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.