Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta sexta-feira

Pesquisa Datafolha, mau humor externo e temporada de balanços estão no radar dos investidores

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O tom do mercado doméstico deve ser cauteloso no último pregão antes da definição das eleições presidenciais e após pesquisa Datafolha mostrar que a diferença entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) caiu de 18 para 12 pontos percentuais em uma semana. Com esses novos números, o EWZ (iShares MSCI Brazil ETF), principal ETF brasileiro, registrou queda de 2,62% no after market. No pré-market, a baixa é de 2,54%. 

O cenário internacional deve influenciar negativamente o Ibovespa, com os índices internacional em queda por preocupações com possível desaceleração econômica global. 

Veja no que ficar de olho nesta sexta-feira (26).

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1. Bolsas mundiais

As bolsas asiáticas encerraram em queda contaminadas pelo mau humor global na véspera e as preocupações com a desaceleração do crescimento de economias fortes, como a China e os Estados Unidos. 

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As bolsas europeias também recuam e caminham para fechar o mês em seu pior resultado desde agosto de 2015 movidas pelas preocupações com a economia global e o orçamento italiano, além de resultados corporativos abaixo do esperado no terceiro trimestre.

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Os índices futuros em Wall Street indicam nova queda acentuada com a decepção dos investidores com balanços, com destaque para a Amazon e a Alphabet, dona do Google. 

Os preço do petróleo recuam diante das preocupações com a desaceleração da economia global, e a consequente queda da demanda. 

Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 7h51 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA) -1,25%

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,91%

*Nasdaq Futuro (EUA) -2,51%

*DAX (Alemanha) -1,78%

*FTSE (Reino Unido) -1,52%

*CAC-40 (França) -2,24%

*FTSE MIB (Itália) -1,67%

*Hang Seng (Hong Kong) -1,11% (fechado)

*Xangai (China) -0,19% (fechado)

*Nikkei (Japão) -0,40% (fechado)

*Petróleo WTI -1,29%, a US$ 66,46 o barril 

*Petróleo brent -1,14%, a US$ 76,01 o barril

*Bitcoin US$ 6.450.64 +0,36%
R$ 24.099 -0,05% (nas últimas 24 horas)

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +1,22%, a 538,50 iuanes (nas últimas 24 horas) 

2. Pesquisa Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada na última noite mostrou que a diferença entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) caiu de 18 para 12 pontos percentuais em uma semana. Agora, o deputado do PSL tem 56% dos votos válidos, contra 44% do ex-prefeito de São Paulo. Na pesquisa anterior, divulgada dia 18, eles tinham 59% a 41%, respectivamente.

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No cenário de rejeição, a situação é mais favorável para o deputado do PSL. 46% dos eleitores disseram votar nele com certeza, enquanto 44% não votariam nele de jeito nenhum. Veja aqui a pesquisa completa. 

Os investidores ainda aguardam a divulgação de nova pesquisa XP/Ipespe ainda nesta manhã. 

3. Agenda econômica

Nos Estados Unidos será divulgado do PIB (Produto Interno Bruto) às 9h30. O mercado projeta que a maior economia do mundo mostre um crescimento de 3,30% no acumulado de 12 meses encerrado no segundo trimestre, contra um resultado anterior de 4,20%.

No Brasil, atenção para os dados às 14h30 do governo central, que deve registrar déficit primário de R$ 24,8 bilhões em setembro, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, após déficit de R$ 19,7 bilhões na medição anterior. Antes disso, o Tesouro divulga relatório mensal da dívida de setembro, às 10h.  

4. Noticiário político

Apoiadores de Bolsonaro atribuem a queda na intenção de votos detectada pelo Datafolha a uma série de fatores, entre eles a retórica explosiva do presidenciável e de seus filhos e a subida de tom da propaganda do PT, com a inserção de depoimentos de torturados pela ditadura na propaganda eleitoral, segundo informações da Folha de S. Paulo. Esses políticos dizem não acreditar que Haddad tenha tempo para virar o jogo, mas preveem uma vitória menos confortável do que a que se desenhava inicialmente. 

Apesar de menos confortável para Bolsonaro, dirigentes do DEM e do centrão acreditam que, quanto menor a vantagem do candidato em eventual vitória, mais rápido ele vai entender que precisará fazer concessões e negociar para governar, aponta a Folha. 

A distância entre Bolsonaro e Haddad caiu, mas ainda é considerável e aliados do PT contam com um gesto de apoio de Ciro Gomes (PDT), que retorna ao país nesta noite, para ajudar na tentativa de virada de votos. A Folha apurou que um aceno forte de Ciro e de líderes do PSDB, como Fernando Henrique Cardoso, pode dar tração a um movimento de indecisos na direção de Haddad. 

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Contando com uma vitória, ainda que menos acachapante, a equipe de Bolsonaro continua a desenhar seu eventual governo e estuda 10 propostas para a reforma da Previdência, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Elas se dividem entre dois caminhos: apresentar no início de 2019 um novo pacote somente com alterações nas regras do sistema atual – como idade e tempo de contribuição – ou encaminhar já no início do eventual governo uma mudança mais profunda no sistema previdenciário, prevendo a adoção do sistema de capitalização.

O guru econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, e sua equipe defendem encaminhar algo novo em vez de avançar com a proposta que tramita hoje no Congresso. A avaliação é que o texto, que foi desidratado pelos parlamentares, trará impacto pequeno nas contas públicas.

Além da Previdência, a equipe de Guedes estaria estudando também a possibilidade de propor alguns mecanismos de ajustes automáticos na política fiscal em caso de descumprimento da regra de ouro das contas públicas, segundo o jornal Valor Econômico. 

5. Noticiário corporativo

O Grupo Pão de Açúcar registrou forte aumento no lucro líquido atribuído aos sócios controladores, de duas vezes e meia, em relação terceiro trimestre de 2017, com R$ 150 milhões. O lucro líquido consolidado passou de R$ 101 milhões para R$ 138 milhões no mesmo intervalo. 

A Suzano teve prejuízo líquido de R$ 107,6 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 800,9 milhões um ano antes, com impacto do câmbio sobre financiamentos que incluem os obtidos para incorporar a rival Fibria. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu o patamar recorde de R$ 2,118 bilhões. 

A Lojas Renner elevou em 38,4% o lucro líquido do terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 194,2 milhões, com o crescimento de receita e o controle de despesas. O Ebitda ajustado total cresceu 15,9%, para R$ 347 milhões. 

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, informou à Petrobras que reduziu sua participação acionária na petroleira para menos de 5% das ações preferenciais. A redução da participação não está vinculada a nenhum objetivo específico, segundo o comunicado. 

Ainda sobre Petrobras, a Reuters, citando três fontes, informou que a estatal está negociando a venda da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, com a norte-americana Chevron. De acordo com uma das fontes, as negociações estão avançadas.

 A Grendene registrou lucro líquido de R$ 112,3 milhões no terceiro trimestre de 2018, uma queda de 23,4% em relação a igual intervalo de 2017. A receita líquida atingiu R$ 599 milhões no trimestre, praticamente estável em relação aos R$ 596,3 milhões observados um ano antes. Para conferir a agenda completa de indicadores e resultados, clique aqui.

 

 

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