Onyx e Tereza Cristina deixam ministério temporariamente para votar por Lira na eleição da Câmara

Onyx não tem boa relação com Rodrigo Maia. Já Tereza é ligada aos parlamentares da bancada ruralista, que apoiam Arthur Lira

Reuters

(Crédito: Wilson Dias/Agência Brasil)

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BRASÍLIA – Os ministros Onyx Lorenzoni (RS), da Cidadania, e Tereza Cristina (MS), da Agricultura, ambos deputados federais pelo DEM, foram exonerados temporariamente dos cargos nessa sexta-feira para estarem aptos a votarem no candidato do governo, Arthur Lira (PP-AL), à presidência da Câmara na próxima segunda-feira.

Apesar de os dois serem do partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que patrocina a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP),de oposição à Lira, há um racha no partido e Lira pode ter até metade dos votos dos Democratas, que hoje tem 29 deputados.

Onyx não tem boa relação com Maia. Já Tereza tem boa relação com todas as alas do partido, mas é ligada aos parlamentares da bancada ruralista, que apoiam Lira.

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De acordo com integrantes do governo, apesar dos rumores de uma reforma ministerial que inclusive envolveria a mudança de Onyx da Cidadania para a Secretaria-Geral da Presidência, os dois ministros voltarão aos mesmos cargos assim que for concluída a eleição na Câmara.

Lira lidera a bolsa de apostas para a eleição, com apoio explícito do presidente Jair Bolsonaro, que se envolveu diretamente no processo, o que não é comum. Essa semana, Bolsonaro recebeu parlamentares do PSL para um café da manhã e, no final, em live da deputada Carla Zambelli (PSL-SP) declarou que planejava conseguir influenciar a eleição. Na quinta, em discurso em Sergipe, disse que esperava ver na próxima semana Lira no comando da Casa.

Demissão

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O Diário Oficial trouxe também a demissão de Ricardo Roesch Morato Filho, assessor parlamentar do vice-presidente Hamilton Mourão, que teve mensagens trocadas com um assessor parlamentar vazadas. Na conversa, ele buscava tratar do impeachment de Bolsonaro.

Nas mensagens reveladas pelo site O Antagonista, Morato aparece dizendo a seu interlocutor que era preciso conversar e que Mourão era “mais preparado” e “mais político” que Bolsonaro. O interlocutor responde que não pode conversar sobre esse tipo de assunto.

Primeiro, o vice-presidente negou que a conversa existisse e disse que ninguém de sua equipe teria esse tipo de comportamento. Confrontado com as mensagens, Mourão decidiu exonerar o assessor e disse que Morato agiu contra suas orientações.

O assessor disse ao site que achava ter sido hackeado, mas depois afirmou que poderia ter dado uma opinião pessoal que passou como se fosse do vice-presidente. Mourão afirmou que não acreditava nas desculpas do assessor.

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