O que Trump achava do Brasil em 2012? Livro sobre “boom” econômico mostra

Atual presidente dos EUA estava entre as pessoas que acreditavam que o Brasil era um dos melhores lugares para se investir em 2012

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Em 2012, no meio do primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), pouco se falava dos problemas do Brasil e tudo parecia uma maravilha, com o País gerando empregos, crescendo mais a cada ano e com números que davam inveja a muitas nações desenvolvidas. Tanto que o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi um dos “apoiadores” da tese de que nós seríamos a “nova América”.

O comentário do magnata está na contracapa do livro “Brazil Is the New America: How Brazil Offers Upward Mobility in a Collapsing World” (“Brasil é a nova América: Como o Brasil oferece uma mobilidade ascendente em um mundo em colapso”, em tradução livre), no qual ele afirma que a obra irá explicar os motivos para tanto otimismo com o Brasil e pessimismo com os Estados Unidos na época. 

“Este é um livro sobre o seu futuro. Se você se pergunta por que o estrategista de investimento do Morgan Stanley, David Darst, diz que o Brasil está se tornando mais com o que a América costumava ser e América está se tornando mais com o que o Brasil costumava ser, não procure mais. James Davidson explica perfeitamente”, diz o trecho.

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Mais que o comentário otimista de Trump sobre o país, é curioso notar a descrição do livro escrito por James Davidson. Nele, o autor diz que o Brasil “é um refúgio para aquelas que procuram ganhar dinheiro em um mundo em agitação”, e aponta que nosso País se tornava uma opção bem melhor que Europa e Ásia em um momento onde os EUA caminhavam para um cenário bastante sombrio.

Davidson afirma no livro que o Brasil criou milhões de empregos entre 2004 e 2012, enquanto os EUA perderam milhões de empregos. “O Brasil é solvente, com duas pessoas em idade para trabalhar para cada dependente”, diz um trecho – que chama atenção lido hoje, em um momento onde o País debate a reforma da Previdência.

“Comparativamente não alavancado e com espaço significativo para crescimento e expansão, assim como vastos recursos naturais, o Brasil é um refúgio de oportunidades”, conclui o texto de apresentação do livro. O Brasil de 2017 tem pouco daquele País apresentado no livro, mas nem por isso Trump se mostra menos otimista, tanto que tem mostrado grande interesse em manter relações próximas com o governo, dando até a liberdade para Michel Temer ligar para ele “quando quiser”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.