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SÃO PAULO – O MPF (Ministério Público Federal) enviou um parecer nesta quinta-feira (14) à Justiça em que afirma que as pedaladas fiscais não configuram crimes comuns, inclusive as que embasam o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. No documento, o procurador da República no Distrito Federal Ivan Marx pede o arquivamento de investigação aberta para apurar possível infração penal de autoridades do governo da presidente afastada.
Apesar do pedido, Marx afirma em seu parecer que as manobras feitas pela petista visaram maquiar as contas públicas, principalmente no ano eleitoral de 2014, o que configura improbidade administrativa.
O procurador levantou suspeitas sobre “eventuais objetivos eleitorais” com as pedaladas e disse que o caso “talvez represente o passo final na infeliz transformação do denominado ‘jeitinho brasileiro’ em ‘criatividade maquiavélica'”.
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As pedaladas fiscais consistiram no atraso de repasses do Tesouro Nacional para que bancos públicos pagassem obrigações do governo com programas sociais e empréstimos subsidiados. Por conta desses atrasos, as instituições tiveram de honrar as despesas com recursos dos correntistas.
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