Mantega reconhece perigo da inflação mas acredita que País tem “bons problemas”

Ministro crê que inflação é problema global, reconhece desafios mas vê PIB crescendo em média 5,1% ao ano até 2014

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SÃO PAULO – O ministro da fazenda Guido Mantega afirmou nesta terça-feira (3) que os desafios são positivos, apesar do perigo inflacionário, elencando o excesso de capital externo, o pleno emprego, a falta de mão de obra qualificada e a demanda aquecida como justificativas, acerca dos quais o Governo tem meios para solução.

Apesar do tom positivo diante da comissão de assuntos econômicos dos Senado Federal, Mantega afirma que o país está utilizando todos os meios para conter a inflação, especialmente medidas macroprudenciais, além dos ajustes tradicionais na taxa Selic e a contenção dos gastos públicos, anunciado em fevereiro.

Medidas macroprudenciais surtem efeitos
Segundo o ministro, essas medidas têm sua efetividade comprovada através da queda das operações de crédito desde dezembro de 2010, especialmente no segmento automotivo.

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Para ele, o Brasil tem conseguido lidar melhor com a pressão inflacionária em relação a outros emergentes, como Rússia e Índia, que acumulavam taxas de 9,4% e 8,8%, respectivamente, na inflação de 12 meses medida em março. Além disso, o país tem conseguido apresentar desde 2005 inflação menos volátil do que a média de seus pares.

Inflação importada e especulação com commodities
Neste sentido, Mantega aponta que atualmente a inflação é um problema global, especialmente das econômias emergentes, como fruto da especulação financeira com commodities provocada principalmente pela política de flexibilização quantitativa dos EUA, que busca retormar suas bases de crescimento.

O ministro argumenta que caso o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado em 12 meses estaria apenas em 4,76% contra os 6,44% atuais caso fossem exluídos combustíveis e alimentos do cálculo, mas que apesar de tudo, mesmo com os 6,44%, a inflação ainda está abaixo do teto da meta de 6,5%, apesar da crescente aproximação.

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Crescimento segue como obsessão
Por fim, Mantega reafirmou perante os senadores seu compromisso com o crescimento da econômia, mesmo frente à pressão inflacionária, através de uma agenda que redução de custos com infraestrutura e energia, ganhos de produtividade através da qualificação e pesquisa, além de instrumentos tributários como a devolução dos créditos, ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Daqui pra frente, a previsão do ministro é de que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça em média 5,1% até 2014, em razão de um ajuste à inflação não tradicional, que prevê redução do consumo e não do investimento.

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