Mantega estima crescimento de 5,5% a 6% do País em 2010 sem bolhas ou gargalos

O ministro da Fazenda garantiu equilíbrio econômico brasileiro e defendeu investimentos pesados em infraestrutura

Publicidade

SÃO PAULO – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (12) que a economia brasileira deve crescer entre 5,5% e 6%, sem formação de gargalos ou bolhas, mesmo que a infraestrutura ainda seja insuficiente. Emprego, renda, inflação e investimentos também foram comentados pelo ministro na reunião da direção nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Mantega enfatizou que a economia brasileira está aquecida e já atinge os níveis pré-crise. Ele estimou que o consumo cresça entre 8% e 8,5% e sejam gerados 2 milhões de empregos ainda em 2010.

Em relação à infraestrutura, o ministro disse que é preciso “correr atrás dos prejuízos de governos anteriores” para que a demanda econômica do país não seja sufocada pela insufiência de infraestrutura. Ele defendeu investimentos em ferrovias, estradas, portos, refinarias, trem-bala e hidrelétricas, para evitar um apagão energético como o que ocorreu em 2001. “É claro que falta infraestrutura”, afirmou. 

Continua depois da publicidade

PT e PSDB
Defendendo o governo Lula, o ministro destacou que houve o aumento real do salário mínimo e redução das desigualdades, com o aumento de renda e o crescimento da classe média e redução dos segmentos D e E, na atual gestão.

Segundo ele, o poder de compra da cesta básica com o salário mínimo quase duplicou desde o início do governo Lula, o que foi fundamental para diminuir a pobreza e aumentar o mercado consumidor. O contínuo consumo do brasileiro durante a crise, segundo ele, foi reflexo do aumento de salário e renda.

Por fim, o ministro da Fazenda disse que a atual política econômica não pode ser considerada uma continuidade do governo anterior. Segundo ele, as diferenças entre PT e PSDB estão nos níveis de intervenção no mercado, mais efetivos no governo petista, e na gestão de programas sociais, menos explorada no governo de Fernando Henrique Cardoso.