“Maior catástrofe meteorológica da história”, diz ministro sobre inundações no RS

"Nunca vi nada parecido", diz Paulo Pimenta (PT), ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, ao comentar desastre climático no estado

Equipe InfoMoney

Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

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Ao comentar os estragos causados pelos temporais que atingem o Rio Grande do Sul nos últimos dias, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, o gaúcho Paulo Pimenta (PT), disse, afirmou que o estado vive “a maior catástrofe meteorológica de sua história”.

Pimenta lembrou a enchente histórica registrada no Rio Grande do Sul em 1941 e cravou: “Nunca vi nada parecido. Conheço bastante o nosso estado. Já enfrentei várias situações delicadas, dramáticas. Mas posso assegurar a vocês que nunca houve uma enchente como esta. Quem é gaúcho sempre ouviu falar na famosa enchente de 1941, histórica. Esta enchente que estamos enfrentando vai ultrapassar, e muito, o que aconteceu no nosso estado em 1941”.

Ainda de acordo com o ministro da Secom, o desastre climático atual supera a grave situação enfrentada pelo estado em setembro do ano passado. “Com certeza, este fenômeno vai ultrapassar, em termos de gravidade, e muito. Continua chovendo. Há uma perspectiva de que essa chuva, em algumas regiões, permaneça até o próximo domingo”, diz.

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Ao participar de uma entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Pimenta avaliou que o foco do governo federal, neste momento, está voltado para o resgate de vítimas das enchentes e inundações.

“Temos ainda centenas de pessoas ilhadas. Agora pela manhã, tão logo amanheceu o dia, deslocamos praticamente todo o efetivo de helicópteros que nós temos para a região do Vale do Taquari. Vamos trabalhar com algo em torno de oito a nove helicópteros durante todo o dia”, afirmou Pimenta.

“Infelizmente, as condições climáticas dificultam muito o trabalho. Estamos falando daqueles helicópteros pesados, em que o salvamento é feito com o helicóptero no ar. As equipes têm que descer por corda, rapel, para buscar as pessoas que estão sobre telhados, em áreas alagadas, onde o helicóptero não pode pousar. Portanto, não é uma operação simples. Alguns desses helicópteros não têm capacidade de voar à noite. [Eles] precisam de visibilidade para isso, não pode estar chovendo, não pode ter neblina. Há regiões que têm rede de alta tensão e isso dificulta muito a operação por conta do risco de acidente.”

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Números da tragédia

Boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul – divulgado na manhã desta sexta-feira (3) – contabiliza 31 mortes em decorrência das chuvas que assolam o estado.

Há, ainda, 74 pessoas desaparecidas e 56 feridas. Ao todo, 235 municípios gaúchos, até o momento, foram afetados por temporais, totalizando 351.639 pessoas atingidas. Dessas, 17.087 estão desalojadas e 7.165 em abrigos.

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(Com Agência Brasil)