Lula e Macron lançam submarino construído no Brasil com tecnologia francesa

Embarcação movida a diesel faz parte da parceria de US$ 10 bilhões entre os 2 países para construir um submarino de propulsão nuclear até 2030

Equipe InfoMoney

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da França, Emmanuel Macron, posam para selfie com a primeira-dama brasileira, a Janja, em evento de lançamento de submarino construído no Brasil com tecnologia francesa (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

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Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da França, Emmanuel Macron, lançaram nesta quarta-feira (27) um submarino construído no Brasil com tecnologia francesa, no âmbito do programa para construir o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear até o final da década.

Lula e Macron participaram de uma cerimônia no estaleiro de Itaguaí (RJ) para o lançamento do terceiro submarino movido a diesel construído em uma parceria de US$ 10 bilhões entre os dois países.

A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, quebrou uma garrafa de champanhe na proa do submarino Tonelero em seu batismo, e os dois presidentes ativaram uma alavanca que enviou o navio da classe Scorpene ao mar.

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O programa iniciado em 2008, durante o mandato presidencial anterior de Lula, é uma parceria com o Naval Group, estatal francesa na qual a empresa de defesa Thales tem uma participação de 35%.

O governo brasileiro disse que sua frota de submarinos é necessária para defender a costa de quase 7.500 km do país e suas águas no Oceano Atlântico, onde o país explora vastos campos de petróleo offshore.

Em seu discurso, Lula afirmou que “deste estaleiro de Itaguaí vislumbramos a vastidão dos 5,7 milhões de km² do espaço marítimo brasileiro”. “95% do comércio exterior brasileiro transita pelo Atlântico Sul, onde existem recursos naturais e rica biodiversidade ainda inexplorados. Da Amazônia Azul retiramos 85% do petróleo, 75% do gás natural e 45% do pescado produzido no país”.

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Segundo o presidente brasileiro, “a proteção desse patrimônio natural e a manutenção do Atlântico Sul como Zona de Paz e Cooperação são vertentes centrais da política externa brasileira”, e a França faz parte disso. “Ao longo dos últimos 150 anos, esses objetivos nacionais se tornaram realidade com o apoio francês. Vários dos navios da Marinha do Brasil foram construídos na França.”

Macron no Brasil

Macron realiza nesta semana uma visita de três dias ao Brasil, para relançar a relação bilateral e a parceria estratégica entre os países, após um afastamento entre Brasil e França durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem Macron criticou por não ter protegido a floresta amazônica.

Macron desembarcou ontem no Brasil, em Belém (PA), onde o país sediará a COP30 em 2025. Lula o recebeu na capital paraense e juntos se comprometeram a trabalhar em parceria para acabar com o desmatamento na Amazônia até 2030 (a Guiana Francesa, que também faz parte do bioma, faz parte do país europeu).

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Macron se reunirá com empresários em São Paulo ainda hoje e, amanhã, fará uma visita de Estado a Brasília. A indústria brasileira pretende usar a visita de do presidente francês à Fiesp para cobrar o acordo entre Mercosul e União Europeia.

(Com Reuters)

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