Linha do tempo da batalha do IOF: entenda discussão entre Executivo, Congresso e STF

Decisão de Moraes nesta semana ocorreu após semanas de impasse entre Executivo e Congresso, que culminou em tentativa de conciliação no STF, mas sem acordo

Gabriel Garcia IA InfoMoney

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (17) manter quase integralmente o decreto do governo federal que elevou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

A única exceção foi a revogação da tributação sobre operações conhecidas como “risco sacado”, modelo usado principalmente no varejo para antecipação de pagamentos a fornecedores via bancos.

A decisão ocorre após semanas de impasse entre Executivo e Congresso Nacional, que culminou em uma tentativa de conciliação no STF, mas sem acordo.

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Moraes havia suspendido temporariamente os decretos do governo e o decreto legislativo do Congresso que anulava as medidas, marcando uma audiência de conciliação em 15 de julho.

Com a falta de consenso, o ministro revogou a suspensão e confirmou a decisão do Congresso, encerrando o aumento do IOF sobre o risco sacado.

Linha do tempo da batalha do IOF:

O aumento do IOF foi proposto para equilibrar as contas públicas e cumprir as regras do arcabouço fiscal, com impacto maior sobre os mais ricos, segundo o governo.

A oposição critica a medida, argumentando que o ajuste fiscal deve vir de cortes de despesas e que o imposto aumentaria o custo de produção no país.

Economistas destacam que o Congresso tem dificultado o ajuste fiscal ao manter benefícios tributários que reduziram a arrecadação, como a desoneração da folha de pagamentos e programas emergenciais para setores específicos.

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Para especialistas, medidas como a redução das emendas parlamentares seriam mais eficazes para o equilíbrio das contas públicas.