Leite defende alternativa a Bolsonaro e Lula e diz ter “disposição” para concorrer

Embora crítico da atual gestão federal, o governador do RS reconheceu que o ambiente institucional sob Lula está mais estável do que com Bolsonaro, destacando que o presidente demonstra "disponibilidade de dialogar"

Equipe InfoMoney

Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul (Foto: Mauricio Tonetto/ Secom/Governo do RS)
Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul (Foto: Mauricio Tonetto/ Secom/Governo do RS)

Publicidade

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que ainda não é o momento para discutir seu papel nas eleições de 2026, mas demonstrou “disposição” para concorrer à Presidência da República. 

A declaração foi dada na quarta-feira (27), durante uma visita a Pequim, na China. Para o tucano, o Brasil precisa de um nome fora da polarização entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

“Eu quero, com toda a honestidade, ajudar a viabilizar o país com uma alternativa a essa polarização. Se Bolsonaro é inelegível e Lula não satisfaz o que nós entendemos que o país precisa, nós temos uma responsabilidade de buscar uma alternativa”, afirmou.

Leite também disse que, atualmente, “não é candidato a nada”. “Eu já estive com disponibilidade e naturalmente eu tenho disposição [para disputar à Presidência], mas não vou colocar aspiração pessoal à frente do que eu acho que é maior, que é viabilizar uma alternativa”, disse o governador gaúcho. 

Embora crítico da atual gestão federal, o governador reconheceu que o ambiente institucional sob Lula está mais estável do que com Bolsonaro, destacando que o presidente demonstra “disponibilidade de dialogar”.

Entrevista: Eduardo Leite: Lula tenta reproduzir políticas que deram errado no passado

Continua depois da publicidade

“Não foi nada inteligente a forma como o governo Bolsonaro se apresentou para o mundo”, disse. Na avaliação de Leite, o presidente Lula restabeleceu essas conexões que impactaram a diplomacia brasileira, “mas tem tantas outras reprováveis”. Ele cita como equivocadas as relações com a Venezuela, o Irã e a Ucrânia, bem como manifestações em relação a Israel.

Embora reconheça que as relações institucionais com o presidente Lula são “muito mais elevadas” em comparação com o governo Bolsonaro, Eduardo Leite não poupou críticas ao governo federal pelas promessas de auxílio ao estado após as enchentes, que, segundo ele, ainda não foram cumpridas.

Em agosto, Leite fez declarações críticas ao governo, citando um “descompasso” entre o que havia sido anunciado e que está chegando na ponta, em relação à reconstrução do estado após as enchentes de abril e maio deste ano. 

Continua depois da publicidade

(Com Estadão Conteúdo)