Ipespe: Bolsonaro mantém 31% e Lula oscila de 45% para 44% das intenções de voto para Presidência em maio

Ciro Gomes tem 8%, João Doria tem 3% e André Janones tem 2%, enquanto Simone Tebet oscilou de 2% para 1% e Luiz Felipe d’Ávila marcou 1%

Anderson Figo

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A primeira pesquisa Ipespe de maio sobre as intenções de voto para Presidência da República mostrou estabilidade no cenário eleitoral. O levantamento foi encomendado pela XP Inc.

No cenário estimulado para o primeiro turno (quando o eleitor escolhe seu candidato entre opções apresentadas pelo pesquisador), o presidente Jair Bolsonaro (PL) manteve 31%, mesmo patamar visto duas semanas atrás, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilou 1 ponto percentual, indo de 45% a 44%.

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Na sequência, aparecem estáveis Ciro Gomes (8%), João Doria (3%) e André Janones (2%). Simone Tebet oscilou de 2% para 1% e Luiz Felipe d’Ávila marcou 1%. Outros candidatos não chegaram a 1%.

Brancos, nulos ou nenhum somaram 8%, enquanto os entrevistados que não souberam ou não responderam foram 2%.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 2, 3 e 4 de maio. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-03473/2022. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

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O índice de confiança é de 95,5%, o que significa que se a pesquisa fosse realizada 100 vezes, em 95 delas o resultado ficaria dentro da margem de erro.

Pesquisa espontânea

Na pesquisa espontânea (quando o eleitor aponta seu candidato sem que nomes sejam apresentados pelo pesquisador), Lula se manteve na dianteira com 38%, e Bolsonaro oscilou um ponto para mais, indo a 29%.

Em seguida, Ciro Gomes aparece com 4%, enquanto João Doria, Sergio Moro, André Janones, Simone Tebet e Felipe d’Ávila estão empatados com 1% cada um. A candidata Vera, do PSTU, foi citada, mas não chegou a 1% das intenções de voto.

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Brancos, nulos ou nenhum somaram 7%, enquanto os entrevistados que não souberam ou não responderam foram 17%.

Avaliação de Bolsonaro

As oscilações coincidem com a continuidade da melhora da avaliação do governo Bolsonaro. O índice de ótimo e bom atingiu 31% ante 30% na última pesquisa, uma tendência de crescimento que segue desde janeiro, quando as avaliações positivas eram 24%. As avaliações negativas restaram estáveis, em 52%.

Também registaram oscilações positivas as percepções sobre o caminho da economia (certo para 32%, contra 31% em abril e 22% em novembro do ano passado) e sobre o noticiário em relação ao governo (positivo para 14%, ante 13% na última leitura e 7% em janeiro).

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Outro indicador positivo para Bolsonaro é a redução gradual no índice dos que dizem não votar nele “de jeito nenhum”. Esse percentual passa de 64% em janeiro para 60% agora. No caso de Lula, essa rejeição atinge 43%, um ponto a mais que no levantamento anterior, mas fica estável em relação ao começo do ano.

A pesquisa mostra ainda que a inflação é o tema que mais preocupa o eleitor brasileiro. Para 23%, esta é a questão mais relevante a ser enfrentada pelo próximo presidente logo no início do governo. Ela aparece empatada com a educação, área mais relevante para outros 23%.

Somada, a pauta econômica (inflação, desemprego, miséria e salário) é a maior preocupação para 46% do eleitorado, se isolando dos demais temas como o mais citado.

Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.