Informação faz brasileiros mudarem perfil de consumo de alimentos

Transformações socioeconômicas também fazem consumidores procurarem alimentos mais práticos e que tragam benefícios adicionais

Evelin Ribeiro

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SÃO PAULO – Ao chegar à gôndola do supermercado, os consumidores brasileiros não imaginam apenas o sabor dos alimentos que estão diante deles. Cada dia mais, eles observam características como benefícios adicionais de tal produto, a praticidade de seu preparo, se a embalagem tem um apelo de proteção ambiental, entre outros atributos. E, segundo o gerente de agronegócio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Antônio Carlos Batista Costa, são esses aspectos somados que hoje definem a compra do consumidor.

“O que mais motiva as pessoas as mudarem seu comportamento de consumo de alimentos é o conhecimento”, diz ele. “Toda essa mudança que percebemos na sociedade, o maior acesso à internet, maior escolaridade, gera uma população mais informada e, portanto, mais exigente em relação ao alimento que vai consumir”, explicou Costa.

Maior custo, maior benefício
A pesquisa Brasil Food Trends 2020, feita pelo Ibope Inteligência a pedido da Fiesp e que apresentou o perfil e as tendências no comportamento do consumo de alimentos para os próximos anos, mostrou que 51% dos brasileiros pagariam um preço mais alto por alimentos produzidos por meio de práticas sustentáveis. Outros 51% acreditam que os alimentos funcionais podem trazer benefícios à saúde.

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Os números, segundo Costa, mostram que os brasileiros se declaram conhecedores do papel que os alimentos têm em suas vidas. “Eles acreditam que os alimentos funcionais podem trazer benefícios adicionais à saúde e, no futuro, com o desenvolvimento da tecnologia, tais alimentos podem até substituir alguns medicamentos”, disse.

Comida diferente na mesa
A pesquisa mostrou ainda que o crescimento gradual na renda das famílias leva à maior diversificação na cesta de produtos consumidos. Enquanto, no passado, os produtos baseados em carboidratos (arroz, por exemplo) pesavam fortemente no consumo das famílias de menor renda, eles agora dividem espaço no carrinho com maior variação de proteínas (carnes) e produtos lácteos (queijos, iogurtes).

Para o executivo, além do maior acesso a informações, outras transformações socioeconômicas levam à mudança no perfil do consumo de alimentos dos brasileiros. “Hoje se tem mais mulheres no mercado de trabalho, famílias com menos filhos por casa, mais gente morando sozinha, falta de tempo muito grande para preparar os alimentos como se fazia antes. Tudo isso leva a uma busca por produtos mais práticos. Então, os alimentos industrializados entram neste cenário como fortes aliados do consumidor brasileiro”, finalizou.

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