Governo “perde” R$ 170 bilhões com novos recuos na Previdência

Em detrimento ao aparente recuo, o deputado comemorou o que entende como a construção de um texto que contemple os anseios populares e a sustentabilidade das contas públicas

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Depois do adiamento da leitura do substitutivo da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Reforma da Previdência na comissão especial que trata do tema na Câmara para amanhã, o relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse a jornalistas que as estimativas do governo são de que o novo texto possibilite uma economia de R$ 630 bilhões — valor R$ 170 bilhões (ou 21,25%) menor que o esperado com a versão original.

Em detrimento ao aparente recuo, o deputado comemorou o que entende como a construção de um texto que contemple os anseios populares e a sustentabilidade das contas públicas. “Conseguimos conciliar a questão fiscal com o desejo do povo”, afirmou em coletiva de imprensa.

Após conversas com a bancada feminina, o deputado optou por manter diferença nas aposentadorias para homens e mulheres e disse que a nova regra de transição “é acessível a todos que estão no mercado de trabalho”. O relator afirmou ainda que foram feitas regras de transição para mulheres na aposentadoria rural. Segundo ele, Estados e prefeituras poderão ter previdência complementar em entidades privadas.

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Em seu discurso, Maia voltou a criticar aposentadorias precoces como fator a prejudicar a sustentabilidade da seguridade social brasileira. “É inaceitável que haja pessoas que queiram se aposentar com menos de 53 anos”, disse.

Como justificativa para o adiamento da leitura do relatório, o parlamentar disse que o fato se deveu à pendente conversa com policiais sobre o substitutivo.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.