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Foi confirmado pela Secretaria Geral da Mesa da Câmara dos Deputados que o deputado Leonardo Picciani (RJ) é o novo líder do PMDB na Casa.
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Picciani havia sido substituído pelo deputado Leonardo Quintão (MG), que assumiu a liderança do PMDB na última quarta-feira (9), após apresentar requerimento com 35 assinaturas, uma a mais do que o necessário para substituir o líder, uma vez que o partido conta com 66 parlamentares.
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Na manhã desta quinta-feira (17), Picciani apresentou lista com 36 assinaturas apoiando a sua liderança, incluindo os deputados Pedro Paulo, ex-secretário municipal de governo do Rio de Janeiro; e Marco Antônio Cabral, ex-secretário do Esporte e Lazer do Estado do Rio de Janeiro, que retornaram à Câmara por decisão do diretório estadual (RJ). Segundo Picciani, a volta dos dois deputados não foi para apoiar sua liderança, mas para defender a posição do partido no Rio de Janeiro, que é contrária ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Acho que fui vítima de um instrumento de força que é ruim para o partido, que constrange os deputados. Fui obrigado a fazer a lista porque foi a única forma de retornar à liderança e manter o calendário de eleição [para que novo líder seja escolhido em fevereiro do próximo ano]. Lamento que isto tenha ocorrido, mas agora restauramos a decisão democrática”, disse. Segundo ele, o argumento usado na conversa com deputados peemedebistas foi o alerta sobre o uso de listas para aprovação de nomes para o cargo em detrimento de eleição.
Nesta manhã, parte da bancada do PMDB tinha contestado a lista por conta de uma dualidade: deputado Vitor Valim (CE) também foi signatário da lista anterior, que pedia a substituição de Picciani, mas ele foi reconduzido ao cargo.
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Saída
O motivo da saída de Picciani foi a lista de nomes do PMDB que ele apresentou para compor a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. As vagas foram disputadas por integrantes do partido aliados do governo e nomes ligados ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que desde o fim do primeiro semestre anunciou rompimento pessoal com o Palácio do Planalto.
Insatisfeitos com as indicações, uma ala da legenda chegou a acusar Picciani de descumprir um compromisso firmado com a bancada, que previa que metade dos nomes (quatro) fossem escolhidos entre parlamentares favoráveis ao processo e a outra metade entre mais aliados ao governo. De acordo com o grupo, Picciani “atropelou” a bancada e fechou uma lista que foi construída com o Palácio do Planalto.
Leonardo Picciani minimizou divergências e negou que tenha sido vítima de um golpe. “Creio que isso é fruto do momento tenso que o país vive, em que é preciso aprovar medidas fiscais, quando há um processo de impedimento em curso, e ainda divergências sobre a situação de [presidente da Câmara] Eduardo Cunha. Tudo isto tensiona o ambiente. É preciso que todos recolham suas armas para que o PMDB ajude o país a superar esta situação.”
Diálogo
O peemedebista afirmou que vai manter o diálogo com o Palácio do Planalto. “Continuarei dialogando com a presidente Dilma [Rousseff]. A maioria da bancada tenho certeza que preza o diálogo, embora alguns reclamem. Conversando é que se encontram os caminhos para os desafios”, concluiu.
Ele também evitou atritos com o vice-presidente Michel Temer, a quem havia criticado na semana passada por conta da carta do presidente do PMDB à Dilma. “Vamos buscar o máximo de convergência possível dentro da bancada e com outras lideranças do partido. A relação com o vice-presidente Michel Temer continua positiva. Fui envolvido em uma falsa polêmica, não fiz nenhuma crítica a ele”, afirmou Picciani.
(Com Agência Brasil e Agência Câmara)
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