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Fim do fator previdenciário aumentará impostos e reduzirá investimento público

Se aprovada, medida elevaria gastos das contas nacionais a nível insustentável, defende executivo que acredita no veto de Lula

Evelin Ribeiro

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SÃO PAULO – Aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada, o fim do fator previdenciário levaria a um aumento brutal de impostos ou à redução drástica dos investimentos do governo em saúde educação e segurança, segundo o economista Keyton Pedreira, diretor da corretora Nunes e Grossi.

Pedreira acredita que a proposta será aprovada também no Senado, mas deverá ser vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O fator previdenciário é um índice utilizado para calcular as aposentadorias que leva em conta a idade do contribuinte, o tempo e a alíquota de contribuição e a expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria. Quanto menor a idade do segurado e o seu tempo de contribuição, maior será a redução no valor da aposentadoria. O objetivo do fator é incentivar o trabalhador a contribuir por mais tempo para a Previdência Social, reduzindo a médio prazo o déficit previdenciário.

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O economista afirma que, com o fim do fator previdenciário, haveria uma corrida à Justiça para que esse redutor também seja eliminado das milhões de aposentadorias concedidas nos últimos anos. Além disso, para ele, os gastos para as contas nacionais aumentariam de maneira insustentável.

“A recomendação para aqueles que já aguardam por meses para requerer o seu benefício esperando pela aprovação desse projeto ou para aqueles que não fazem o seu planejamento previdenciário por meio de um plano de previdência complementar que mudem imediatamente suas escolhas”, aconselha Pedreira, segundo informações do site da CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais), Viver Seguro.

Passivo enorme nas contas
O executivo disse ainda que a aprovação da proposta na Câmara (ela está incluída na Medida Provisória que tenta reajustar em 7,7% as aposentadorias acima de um salário mínimo) ocorreu porque os deputados estariam tentando “agradar os potenciais eleitores, deixando de lado todas as análises financeiras e econômicas que apontam para a inviabilidade desse tema”.

O mesmo deve ocorrer no Senado. “Outra pretensa vitória da população, afinal, também teremos eleições para o Senado”, diz Pedreira. Já na última etapa, o projeto será vetado pelo presidente Lula, uma vez que “trará um passivo enorme para as contas do Governo”, completou.

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