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SÃO PAULO – Depois de oficializar sua candidatura à chefia do FMI (Fundo Monetário Internacional), a ministra de Finanças francesa Christine Lagarde se prepara para um tour entre os principais países emergentes para conseguir apoio.
De acordo com agências internacionais, a ministra deve visitar Brasil, China e Índia – que, nesta semana, manifestaram oficialmente seu descontentamento com o processo de escolha do substituto de Dominique Strauss-Kahn e com a provável ascensão de mais um europeu ao cargo máximo do FMI.
As datas ainda não foram confirmadas, mas segundo as informações, a ministra partirá para a China já no próximo domingo (29). “China, Brasil e Índia são uma necessidade absoluta”, teria dito a ministra.
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Mais voz
A intenção de Lagarde seria mostrar aos emergentes que sua gestão os dará mais voz na instituição. Em entrevista ao Wall Street Journal, a ministra francesa afirmou que uma de suas prioridades no cargo será reforçar o papel do FMI como “fiscalizador” da economia global e melhorar a governança do Fundo, “dando mais espaço no processo de decisão para países mais populosos e atualmente mal representados”. Lagarde citou a Indonésia como exemplo.
A ministra também disse ao jornal norte-americano que gostaria de ser apoiada por uma grande maioria dos países-membro, ao invés de ser “a europeia empurrada pelos europeus”, e que não quer que sua campanha pelo cargo seja ofuscada pelos problemas legais de Strauss-Kahn.
Favorita, mas não consenso
Apontada desde o início como favorita ao cargo, Lagarde já conseguiu apoio formal de Alemanha, Itália e Reino Unido. Os EUA ainda não fizeram um anúncio oficial, mas já deram sinais de que devem apoiar a ministra. Na véspera, o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, afirmou que Lagarde era um nome de credibilidade para o FMI, enquanto a secretária de Estado, Hillary Clinton, disse que “não oficialmente, os EUA recebem bem a ideia de mulheres qualificadas e experientes na direção de instituições internacionais como o FMI.
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Já os emergentes se mostram mais reticentes. Além da carta enviada ao FMI, o México apresentou um candidato ao cargo – o presidente do banco central do país, Agustin Carstens -, e a China pediu que fosse feita uma “consulta democrática” sobre a mudança de comando no FMI para refletir as mudanças na economia global.
O nome do substituto de Strauss-Kahn deve ser conhecido até o dia 30 de junho.
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