Eleições nos EUA: o resultado das convenções partidárias e os temas que serão decisivos na escolha do próximo presidente

InfoMoney realizou live nesta sexta com o analista político da XP Investimentos, Victor Scalet, e com o cientista político Pedro Costa

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – As eleições nos Estados Unidos entraram em sua última etapa com a confirmação dos nomes de Joe Biden e Donald Trump como os dois principais candidatos à presidência nas Convenções dos partidos democrata e republicano, que ocorreram nas duas últimas semanas.

E se o ex-vice-presidente de Barack Obama aparece com larga vantagem nas pesquisas, a corrida presidencial ainda está longe do fim, como destacaram Victor Scalet, analista político da XP Investimentos, e Pedro Costa Junior, cientista político e professor de Relações Internacionais da FACAMP, em live realizada pelo InfoMoney.

Para eles, as convenções serviram bastante para mostrar qual será o tom da eleição e quais os temas que devem ser os mais debatidos entre os dois daqui até o dia do pleito, em 3 de novembro.

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Junior destaca que, como já era esperado, o tom de Joe Biden foi mais moderado se comparado ao de Trump, deixando ao ex-presidente Barack Obama o papel de ser mais duro no discurso contra o atual governo.

Além disso, ele aponta que uma imagem que a Convenção passou foi de união entre os democratas, algo diferente do que ocorreu quando Hillary Clinton foi a candidata em 2016. “O Joe Biden é uma figura muito agregadora, ele conseguiu unir muito forte o partido”, diz Junior ressaltando até que alguns nomes republicanos já indicaram seu voto no democrata.

Já do outro lado, Scalet aponta que os republicanos destacaram muito o combate do atual governo à pandemia do coronavírus, culpando a China pela crise. “Na convenção eles tentaram dar um clima de que o país está caindo num caos de segurança, principalmente nas cidades governadas por democratas”, afirma.

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O analista também aponta o discurso republicano de focar seu ataque diretamente contra Joe Biden, diferente de outros momentos em que Trump e seus colegas falavam contra os democratas como um todo.

“Eles estão tentando ligar o Biden à ala mais progressista, chamada de radical, do partido democrata. Eles sabem que isso tira voto e afasta o eleitor do centro”, explica.

Entre os temas que devem seguir na linha de frente da disputa entre os dois, os especialistas apontam a pandemia do coronavírus, e em especial o seu impacto na economia, que estava em um bom momento e antes da crise era um fator que favorecia bastante Trump, levando a análises de que ele poderia vencer a eleição de forma tranquila.

Além disso, os recentes protestos por conta da violência policial e questões raciais também devem ser bastante discutidos, podendo ser fator importante contra e a favor de qualquer um dos lados.

Diante disso, Scalet e Junior reforçam ainda a importância que terão os debates entre Trump e Biden até o dia da eleição. Apesar de alguns rumores sobre um possível cancelamento por causa da pandemia, a previsão é que ocorram pelo menos três encontros – ainda que de forma virtual – entre eles.

O analista da XP lembra que Biden teve um começo bastante ruim nos debates democratas, ganhando força apenas nos últimos encontros de pré-candidatos.

Por outro lado, Junior explica que Trump é uma pessoa que gosta do confronto no debate e costuma se sair bem, mas que o fato do seu adversário não ter essa postura de maior enfrentamento, pode atrapalhar um pouco a vantagem que o republicano poderia ter.

Confira a íntegra da live no player acima

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.