Equador rejeita acordo com Odebrecht e quer que empresa saia do país

Falhas na usina de San Francisco ainda são motivo de atrito e podem levar à expulsão da brasileira; entenda o caso

Thiago Gomes Amorim

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SÃO PAULO – O governo do Equador rejeitou o acordo com a Odebrecht e anunciou na última quarta-feira (8) que deverá expulsar a empreiteira do país, em mais um capítulo do caso da hidroelétrica San Francisco.

A construtora, uma das responsáveis pela obra que garante 12% da energia equatoriana, afirmou à BBC Brasil não ter sido comunicada oficialmente sobre a decisão, exposta pelo ministro de Setores Estratégicos, Galo Borja, na véspera.

Borja disse a jornalistas que “O presidente tem cedido muito, mas definitivamente (a Odebrecht) não pode estar no país (…) Analisamos tudo e acreditamos que não é possível continuar com ela”.

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Acordo fracassado

Na semana passada, a construtora havia oferecido uma garantia de US$ 43 milhões para o pagamento de multas, caso fosse apontada por uma auditoria internacional como responsável pelas falhas. A proposta incluía ainda obras pelo período de ano, oferecendo reparos sem custo adicional.

Entenda o caso

O atrito entre a construtora e o governo começou no dia 23 de setembro, quando o presidente assinou um decreto ordenando embargo aos bens da Odebrecht, a militarização das obras em andamento e a proibição que os funcionários deixassem o país.

A decisão não soou bem aos ouvidos da mídia, aumentando a repercussão do caso. A hidroelétrica é responsável pela geração de 230 megawatts de energia, o que equivale a 12% do total. A obra foi realizada pelo consórcio Odebrecht, Alstom e Vatech.

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A partir de 2008, falhas levaram a usina a ser fechada, o que ameaça o fornecimento energético do país e aumenta a chance de que o Equador passe a enfrentar apagões no sistema – segundo a opinião do governo. Para a Odebrecht, a usina ficou sob a responsabilidade do Estado por um ano e foi entregue com capacidade acima do esperado.

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