Em troca de apoio a PEC do teto, aliados de Temer cobram cargos em empresas estatais

Conforme conta o jornal Folha de S. Paulo, um assessor presidencial disse que deputados federais que estavam fechados desde domingo pelo apoio à PEC pressionavam o Palácio do Planalto a atender seus pedidos

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A vitória por ampla margem do governo na votação em primeiro turno da PEC 241, que estabelece um limite para o crescimento das despesas públicas pelos próximos 20 anos, a gestão de Michel Temer terá de lidar com a conta cobrada pelos integrantes da base aliada que contribuíram na primeira grande vitória no parlamento desde o impeachment de Dilma Rousseff. A ideia é negociar indicação de cargos em empresas estatais como moeda de troca.

Conforme conta o jornal Folha de S. Paulo, um assessor presidencial disse que deputados federais que estavam fechados desde domingo pelo apoio à PEC pressionavam o Palácio do Planalto a atender seus pedidos aproveitando a importância atribuída à votação pelo governo.

Na outra ponta, a equipe responsável pela articulação política do governo montou uma força-tarefa ministerial e também contou com exonerações temporárias de ministros como Bruno Araújo, Fernando Coelho e Marx Beltrão, para engrossar a votação e demonstrar força de Temer em aprovar medidas no Congresso.

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Ainda segundo a matéria, outra iniciativa adotada pelo governo para obter êxito na votação da véspera foi o cancelamento de todas as audiências marcadas com deputados federais em ministérios e estatais. Além disso, foi montado um sistema online que informava o número de congressistas que registraram presença na sessão.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.