Dólar cai pelo 2º dia e fecha a R$ 2,35; no intraday, moeda chegou a valer R$ 2,33

Combinação de investidores fugindo do risco, entradas fortes de investidores, leilões do BC e discurso da presidente Dilma empurra a moeda norte-americana para baixo

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após abrir em alta, o dólar comercial seguiu o movimento visto no fim da sessão da véspera e registrou perdas nesta quarta-feira (28). A moeda norte-americana fechou com recuo de 0,86%, cotada a R$ 2,348 na venda, depois de chegar a cair 1,83% no intraday, chegando a valer R$ 2,325. Momento é de aversão ao risco nos principais mercados do mundo, que passam a se preocupar com possível invasão norte-americana à Síria.

Na última sessão, a divisa recuou 0,65%, com os especialistas apontando uma entrada pontual de fluxos como o principal fator para a queda em um dia de forte valorização do dólar ante outras moedas pelo mundo. 

“O Banco Central tem se mostrado preocupado em tranquilizar o mercado, sendo que seu programa de leilões diários começa a se mostrar efetivo nesse sentido”, afirma Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. Nesta manhã, a presidente Dilma Rousseff também tentou mostrar que o governo está preparado para essa oscilação da moeda e afirmou que o Brasil possui uma das maiores reservas de dólares do mundo, com US$ 372 bilhões.  

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“Esse discurso da presidente reforça a ideia de que o País tem mecanismos suficientes para intervir no mercado quando precisar e ajuda a trazer mais tranquilidade para os investidores”, conclui o gerente. Porém, ele ressalva que o movimento desta sessão está muito forte e teme que esta queda leve à uma nova alta mais expressiva. “Não vou afirmar que o dólar continuará caindo, o que deve acontecer agora é que o mercado encontrará um novo patamar para trabalhar, só então a moeda terá maior estabilidade”, disse Galhardo.

Novo leilão do BC
Nesta manhã o BC deu continuidade ao seu programa de leilões diários e vendeu mais US$ 498,2 milhões no mercado futuroO objetivo é promover hedge (proteção a risco) cambial aos agentes econômicos e liquidez (dólares disponíveis).

Pela programação do banco, de segunda a quinta-feira serão feitos leilões de swap cambial, com oferta de cerca de US$ 500 milhões por dia. Às sextas-feiras, será oferecido ao mercado crédito até US$ 1 bilhão, por meio dos leilões de venda com compromisso de recompra.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.