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A avaliação negativa sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou 9 pontos percentuais em cerca de seis meses, de acordo com dados da pesquisa do Datafolha divulgados nesta terça-feira (12). Por outro lado, a aprovação recuou 7 pontos no mesmo período.
Segundo o levantamento, 34% dos entrevistados afirmaram julgar a gestão de Lula como ruim ou péssima. Outros 28% avaliam o atual governo como regular, enquanto 38% dizem que a administração federal é boa ou ótima. Um por cento dos entrevistados não soube responder.
Na pesquisa anterior do Datafolha, realizada em agosto do ano passado, o governo Lula era aprovado por 45% dos eleitores na maior cidade do Brasil. Outros 29% avaliavam a gestão como regular e 25%, como ruim ou péssima.
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Na capital paulista, o presidente da República obtém seus melhores percentuais de aprovação entre os eleitores de 60 anos ou mais (45%) e que cursaram até o ensino fundamental (47%).
A reprovação a Lula é mais alta entre os evangélicos, segmento ideologicamente mais alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesse estrato de eleitores, o governo Lula é considerado ruim ou péssimo por quase metade dos entrevistados (49%), uma alta de 12 pontos percentuais em relação a agosto de 2023. A aprovação a Lula, por sua vez, despencou 16 pontos.
O Datafolha ouviu 1.090 eleitores na cidade de São Paulo entre os dias 7 e 8 de março de 2024. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
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“Estamos muito aquém”
Na entrevista concedida por Lula ao SBT, exibida na noite de segunda-feira (11), o presidente foi questionado sobre pesquisas recentes que mostram que a aprovação do atual governo atingiu os patamares mais baixos desde que Lula tomou posse para o terceiro mandato, em janeiro do ano passado.
Lula minimizou os resultados negativos e se disse confiante de que o governo entregará resultados. “Eu tenho certeza absoluta de que não tem nenhuma razão do povo brasileiro me dar 100% de popularidade porque ainda nós estamos muito aquém daquilo que prometemos”, reconheceu Lula.
“A gente tem de entendê-la [a pesquisa] como uma fotografia em função do momento em que você está vivendo e você utiliza a pesquisa não para ser contra ou para ficar feliz ou muito triste por causa da pesquisa. Você utiliza a pesquisa como instrumento de ação e de mudança da sua estratégia de governo”, concluiu.
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