CPI da Braskem aprova quebra de sigilo bancário do diretor-geral da ANM

Mauro Henrique Moreira Sousa, que já foi ouvido pela comissão, “tem agido com o objetivo de tumultuar os trabalhos”, segundo o relator da CPI, Rogério Carvalho (PT)

Agência Senado

Omar Aziz, presidente da CPI da Braskem, e Rogério Carvalho, relator da comissão (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem (BRKM5) aprovou nesta quarta-feira (13) requerimentos de quebras de sigilo, acareação, convocações, convite e pedidos de informação. Os senadores pediram a quebra do sigilo bancário, de 2022 a 2024, do atual diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Henrique Moreira Sousa, que já foi ouvido pela comissão.

Segundo o relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE), o titular da ANM “tem agido com o objetivo de tumultuar os trabalhos” da comissão, ao repassar “informações incompletas ou dificultando o acesso a elas”.

O colegiado também deu aval para a quebra de sigilo, de 2010 a 2024, de José Antônio Alves dos Santos, superintendente de fiscalização da ANM, e de Walter Lins Arcoverde, ex-diretor de fiscalização do extinto Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM). A autarquia exercia as funções da ANM antes de sua criação, em 2017.

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Victor Hugo Froner Bicca, ex-diretor-geral da ANM, também foi alvo de quebra de sigilo aprovada, no período de 2011 a 2024. Segundo o relator, podem ter ocorrido “omissões ou retirada (potencialmente criminosa) de documentos” do processo do órgão sobre o caso da Braskem na sua gestão.

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Novos depoimentos

A comissão aprovou a convocação de novos depoentes e uma acareação entre o ex-diretor do Serviço Geológico do Brasil Thales Sampaio e o presidente da Braskem, Roberto Bischoff. Segundo o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), o encontro será realizado depois da oitiva de Bischoff, que ainda não foi marcada.

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Em depoimento no dia 6, Thales Sampaio, que foi servidor da antiga Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais — agora chamada de Serviço Geológico do Brasil — responsabilizou a Braskem por não realizar os monitoramentos necessários nas minas de extração de sal-gema para garantir a segurança do solo de Maceió.

Também foram aprovadas as oitivas de:

Informações

A CPI também aprovou pedidos de informação para a Braskem e diversos órgãos, como ANM; Instituto do Meio Ambiente (IMA); Serviço Geológico do Brasil; Ministério de Minas e Energia (MME); Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas; Conselho Federal de Engenharia e Agronomia; Procuradoria da República em Alagoas; e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Outro requerimento aprovado foi apresentado “extrapauta” pelo relator. Ele pede os nomes de todos os técnicos envolvidos nas autorizações ambientais concedidas pelo IMA à Braskem.

A CPI da Braskem investiga os danos ambientais causados em Maceió (AL) pelas operações da petroquímica na extração de sal-gema. Em 2018, um projeto de extração de sal liderado pela companhia causou o colapso do solo na capital de Alagoas, o que levou cerca de 40 mil pessoas a deixarem suas casas. Mais de 14 mil imóveis foram condenados em cinco bairros da cidade. O afundamento do solo abriu rachaduras em ruas, prédios e casas.

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