Copom: decisão foi acertada, mas analistas esperam maior parcimônia em outubro

Comitê deverá se mostrar mais cauteloso nas próximas reuniões; Merrill Lynch acredita que Selic vai fechar o ano em 13,75%

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A redução de 50 pontos-base da taxa básica de juro da economia brasileira implementada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central na última quarta-feira surpreendeu grande parte dos investidores, que esperavam um corte de 0,25 ponto percentual.

Na opinião de analistas, a decisão foi acertada e leva como base as melhores perspectivas para a evolução dos preços e fraco desempenho da economia. A aparente desaceleração da economia mundial e as melhores perspectivas para política monetária norte-americana também influenciaram.

A Selic, que agora se apresenta em 14,25% ao ano, já acumula queda de 550 pontos-base desde setembro de 2005, quando o processo de flexibilização da política monetária brasileira foi iniciado.

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Maior grau de parcimônia a partir de outubro

Mesmo avaliando que os sinais de inflação sob controle e atividade econômica aquém do esperado, assim como a menor incerteza atribuída ao cenário externo, dariam respaldo técnico para uma nova redução de 0,5 ponto percentual, analistas acreditam que o Copom vai se mostrar bastante cauteloso em sua ata, sugerindo cortes mais tímidos da Selic nos próximos meses.

Edson Teles, da corretora Concórdia, por exemplo, avalia que, mesmo diante da decisão inesperada da reunião de agosto, o Copom deverá reiterar na ata que pretende aumentar o grau de parcimônia a partir da próxima reunião, apontando os mesmos argumentos apresentados em atas passadas.

Dentre estes, o aumento da demanda agregada, a defasagem do impacto da redução da Selic sobre a economia, menor distância entre taxa corrente e taxa de equilíbrio e preocupações sobre o cumprimento das metas de inflação de 2007 se destacam.

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Selic deve fechar dezembro em 13,75% ao ano

Em linha com esta percepção, os analistas do banco de investimentos Merrill Lynch comentam que vão esperar o anúncio da ata desta reunião para melhor entender o porquê o Copom não implementou em agosto a maior parcimônia sinalizada.

Por hora, a equipe da Merrill Lynch optou por manter a previsão de que a Selic vai fechar 2006 na casa de 13,75% ao ano. Os analistas descrevem, no entanto, que a previsão para taxa ao fim de 2007 poderá ser revista dependendo do conteúdo da ata, que será publicada na sexta-feira (08).

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