Conselho de Ética abre processo contra deputado acusado de ter mandado matar Marielle

Chiquinho Brazão está preso desde o dia 24 de março, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no Rio

Agência Câmara

O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, se defende durante sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara que avaliou a sua prisão (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

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O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou, nesta quarta-feira (10), um processo contra o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).

Brazão está preso desde o dia 24 de março. Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. Na época, Brazão era vereador na capital fluminense.

O parlamentar nega as acusações. Segundo ele, os debates que manteve com a vereadora na Câmara Municipal não podem ser utilizados como motivo para ligá-lo ao assassinato de Marielle. “Eu estava ali lutando para aprovar o projeto de lei que regulamentava, em um período de um ano, os condomínios irregulares”, afirmou Brazão, por videoconferência, em reunião da CCJ.

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O PSOL pediu a cassação do mandato de Brazão. “O deputado federal Chiquinho Brazão desonrou o cargo para o qual foi eleito, abusando das prerrogativas asseguradas para cometer as ilegalidades e irregularidades. A sua cassação é uma necessidade: a cada dia que o representado continua como deputado federal, é mais um dia de mácula e de mancha na história desta Câmara”, diz representação do partido.

Depois que o processo for instaurado, será sorteada a lista tríplice para escolher o relator.