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SÃO PAULO – A expulsão do deputado Alexandre Frota (SP) do PSL e sua subsequente filiação ao PSDB tem repercussões que vão além dos níveis internos das duas siglas. A pouco mais de um ano das eleições municipais, o mundo político já avalia os impactos do movimento sobre a corrida pela prefeitura de São Paulo, que deverá colocar os partidos em franca disputa.
Embora em muitos casos a polarização criada na última corrida presidencial entre o PSL e o PT seja mantido na disputa por prefeituras no próximo pleito – o que é conveniente para as duas siglas, reduzindo espaços no “centro” –, a briga pelo comando da capital paulista tende a ser uma das mais interessantes.
Desbancar Bruno Covas (PSDB) em sua esperada tentativa à reeleição deverá ser um dos principais objetivos do partido do presidente Jair Bolsonaro em outubro de 2020, embora ainda não se saiba qual nome representará a sigla na disputa.
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No momento, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do partido no Congresso Nacional, se oferece a ocupar tal espaço, mas ainda terá de derrubar resistências internas relevantes. “Hoje, não há ninguém mais candidato a prefeito do que eu dentro do PSL em São Paulo”, disse em evento para atrair novos filiados, no último sábado (17).
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Internamente, Joice não costuma contar com a simpatia do grupo mais associado ao bolsonarismo clássico. A parlamentar é tida como adversária do grupo de deputados encabeçado por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente e que hoje preside o partido no estado, Coronel Tadeu e Carla Zambelli e, ainda, do senador Major Olímpio.
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Por outro lado, Frota era visto como um de seus principais aliados. Nesse sentido, sua saída pode ampliar os desafios para o ano que vem, embora a Joice seja vista como a candidata natural do partido para o pleito no ano que vem.
“A expulsão de Frota, mesmo que venha a ser acompanhada da ida de Eduardo Bolsonaro para os EUA, pode representar um obstáculo ao desejo de Joice de se candidatar pelo PSL à prefeitura paulista. Joice, porém, é o nome mais forte no PSL para o posto, não havendo por ora um plano B na sigla. Mesmo com resistências a seu nome, a deputada tende a prevalecer na disputa”, observam os analistas da Arko Advice.
Do lado tucano, a aproximação do governador João Doria de um deputado recém-expulso pelos sucessivos ataques feitos ao presidente evidencia um distanciamento em relação ao governo – menos de um ano depois de surfar na onda “BolsoDoria”.
O movimento tem claros sinais para a corrida presidencial de 2022 e pelo “pit stop” do pleito municipal do ano que vem, sobretudo quando se observa as últimas declarações de Frota. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, por exemplo, o deputado chamou Bolsonaro de “grande idiota ingrato, que nada sabe”.
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