Comissão do impeachment terá 65 deputados; bloco do PMDB é o maior

Os partidos têm até as 14h de segunda-feira para fazerem as indicações dos membros e suplentes da comissão, uma vez que na noite do mesmo dia será realizada sessão extraordinária no plenário da Câmara para confirmar a composição

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Após anunciar a abertura de processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff, na véspera o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentou aos líderes partidários nesta quinta-feira (3) como será feita a distribuição dos assentos na comissão especial que emitirá o parecer sobre o processo. Com 65 representantes indicados pelas siglas de modo proporcional ao tamanho dos blocos formados nas eleições pela mesa diretora da casa, durante o início da legislatura.

Por essa divisão, o bloco formado por PMDB, PP, PTB, DEM, PRB, SD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PEN e PRTB contaria com o maior número de cargos: 25, sendo 8 representantes do mesmo partido de Cunha. O segundo bloco com maior peso na comissão é o formado por PT, PSD, PR, PROS e PCdoB, com 19 deputados, sendo 8 petistas.

Já o grupo da oposição, composto por PSDB, PSB, PPS e PV, terá 12 deputados, sendo 6 tucanos. O partido já teria escolhido dois de seus representantes: o líder na casa, Carlos Sampaio (SP) e o líder da minoria, Bruno Araújo (PE). Na sequência, aparecem partidos independentes, que não pertencem a blocos. O PDT terá 2 representantes, enquanto PSOL, PTC, PTdoB, Rede e PMB terão 1 deputado cada.

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Os partidos têm até as 14h de segunda-feira (7) para fazerem as indicações dos membros e suplentes da comissão, uma vez que na noite do mesmo dia será realizada sessão extraordinária no plenário da Câmara para confirmar a composição. Deputados governistas têm a leitura de que seria mais benéfico acelerar o processo para que o desfecho chegasse o quanto antes, e a presidente não sofresse “sangramento” ainda maior. Especula-se, inclusive a possibilidade de se reduzir o tempo de recesso parlamentar para que a tramitação do impeachment ocorro o mais rápido possível.

Uma vez instalada a comissão especial, será a hora de definir o presidente e o relator, por meio de voto secreto. A partir daí, Dilma terá 10 sessões para apresentar sua defesa, e a comissão, cinco sessões para decidir dar continuidade ou não ao processo. Depois, o parecer segue para o plenário da Câmara, onde serão necessários 2/3 dos votos – ou 342 – da casa para que Dilma seja temporariamente afastada até que o Senado conclua o julgamento, em até 180 dias.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.