Chegar à classe média e ter alta na renda não significa formalização do emprego

Através dos dados compilados da Pnad e POF, Governo pretende estabelecer perfil da classe C para criar novas políticas sociais

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SÃO PAULO – De acordo com o perfil elaborado pela SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), seis em cada 10 pessoas da classe C estão empregadas. A maioria delas possui registro formal, sendo 42% com carteira assinada e 11% como funcionários públicos.

Além disso, outros 19% trabalham sem registro; 19% trabalham por conta própria; 3% são empregadores; e 6% não são remunerados. O perfil de formalização da classe C é de 53% e está acima da média nacional (47%), porém, na classe alta, o índice de formalização é maior: 59%.

“O fato de a pessoa chegar à classe média, de ter tido um incremento do rendimento e experimentado alguma ascensão social, não significa dizer que houve formalização do emprego”, pondera o secretário executivo da SAE, Roger Leal.

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Ele ainda destaca que não há uma relação rigorosa entre a melhoria da qualidade de vida e a legalização do vínculo empregatício. “Isso não quer dizer que o combate à pobreza gere formalização do emprego”, aponta, em entrevista à Agência Brasil.

Novas políticas sociais para a classe C
O dados fazem parte da Pnad (Pesquisa de Amostra Domiciliar), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) antes do Censo de 2010, e agora compilados pela SAE para estabelecer o perfil da classe C.

Formada por 95 milhões de pessoas, com 31 milhões emergentes apenas na última década, a nova classe média é majoritariamente formada por mulheres (51%), brancos (52%) e é predominantemente adulta, com mais de 25 anos (63%).

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O perfil da nova classe média é tema do seminário que o Governo promove nesta segunda-feira (8), em Brasília, para estabelecer novas políticas sociais para o segmento.

Dados de escolaridade
Os dados educacionais revelam que 99% das crianças e adolescentes (com idade entre 7 e 14 anos) da classe média frequentam a escola. A proporção é a mesma que a da classe alta.

A frequência escolar nas faixas etárias mais velhas, no entanto, é comparativamente menor. Na classe alta, 95% dos jovens de 15 a 17 anos e 54% dos adultos com idade entre 18 e 24 anos vão para a escola. Já na classe emergente, os percentuais caem para 87% e 28%, respectivamente.

Apesar do perfil escolar menor, a SAE afirma que a classe C tem buscado incrementar a formação escolar. Segundo Leal, o total de anos dedicados ao estudo é maior do que o ano passado e a classe C tende a se beneficiar da melhoria da qualidade no ensino. Para ele, é natural a junção entre um acesso mais amplo à educação e um espaço maior no mercado de trabalho.

Moradia: área urbana e tipos de residência
Outros dados ainda mostram que a nova classe média é majoritariamente urbana (89%) e está principalmente em três regiões: Sul (61%), Sudeste (59%) e Centro-Oeste (56%). Além disso, essa população está mais em cidades de pequeno porte (45%), com menos de 100 mil habitantes, do que em regiões metropolitanas (32%) e cidades de médio porte (23%).

Em relação à moradia, três quartos da classe C moram em casa própria, sendo 99% das residências de alvenaria ou madeira emparelhada; possuem forro ou cobertura de laje, telhado ou madeira emparelhada.

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