Capitalização deve beneficiar Petrobras, se for aprovada no Senado, diz corretora

No entanto, analistas demonstram ceticismo na aprovação de destaques do texto-base, que serão votados nesta quarta-feira

Luis Madaleno

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SÃO PAULO – Com relação à proposta de capitalização da Petrobras (PETR3, PETR4), aprovada na última sessão na Câmara dos Deputador, a Itaú Corretora diz-se “cética” na aprovação do texto base no Senado.

No entanto, os analistas acreditam que, se aprovada, a operação terá impacto positivo nas ações da companhia. Para a instituição, a quantia de barris propostos será muito próxima do valor da capitalização estimada pelo mercado.

A respeito dos papéis da estatal, os analistas reiteram sua recomendação outperform (desempenho superior à média do mercado), com um preço-alvo de R$ 53,20 por ação, o que representa um upside (potencial de valorização) de 51,48% ante o último fechamento.

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Mais um capítulo
O episódio teve mais um capitulo finalizado na última terça-feira (2), quando a Câmara dos Deputados aprovou o texto principal do projeto, com a proposta do Projeto de Lei que eleva o capital do Tesouro na Petrobras.

Com isso, a União foi autorizada a vender à petrolífera o direito de explorar até 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural em áreas ainda não concedidas da camada pré-sal, isso sem a necessidade de licitação.

FGTS e taxa de participação
No entanto, os temas mais polêmico foram excluídos da votação, devendo ser deliberados nesta quarta-feira. São eles a taxa de participação especial e a utilização do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviços).

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“Se o governo optar pela desistência da isenção do pagamento da taxa, isso seria uma boa notícia, já que diminuiria o valor por barril e, consequentemente, o tamanho potencial da capitalização”, analisa o banco.

Morosidade
A avaliação do Itaú é de que a Câmara se precipitou em aprovar o tema sem maiores debates, uma vez que o texto deve ser encaminhado agora ao Senado, onde “provavelmente” ocorrerão mudanças no projeto que, finda as alterações, voltarão às mãos dos deputados.

“Em outras palavras, mais oportunidades para atrasos”, avaliam os analistas, para quem uma aprovação do texto-base nesta quarta-feira “provavelmente significa muito pouco”. Segundo eles, um posterior assentimento no Senado – casa na qual o governo não possui maioria – será muito mais duro do que na Câmara.

Risco na aprovação
Por último, o Itaú sublinha que “o risco aqui [na aprovação do projeto] será no valor atribuído à emissão de direitos, com os investidores podendo estar dispostos a vender ou shortear as ações, mantendo o direito de comprar mais tarde”.

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