Câmara aprova entrada da Bolívia no Mercosul após atuação do governo Lula

Comissão da Câmara deu aval em 2018, mas processo travou durante o governo Bolsonaro; texto agora segue para o Senado

Estadão Conteúdo

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (18) um projeto de lei que dá aval do Brasil à entrada da Bolívia no Mercosul, bloco econômico regional que também Argentina, Paraguai e reúne Uruguai. A Venezuela chegou a fazer parte do grupo, mas está suspensa desde 2016 por descumprir normas democráticas durante o regime Nicolás Maduro.

Foram 323 votos favoráveis à adesão da Bolívia, 98 contrários e uma abstenção, e o texto segue agora para análise do Senado. A base do governo, incluindo os partidos do Centrão, votou em sua maioria de forma favorável à proposta, enquanto a oposição e o partido Novo orientaram seus deputados a rejeitar o projeto. O PL, por sua vez, liberou a bancada para se posicionar como quisesse.

O protocolo de adesão da Bolívia ao Mercosul foi assinado em 2015, mas o país precisa da aprovação de todos os países-membros, por meio de seus respectivos parlamentos. A Comissão de Relações Exteriores da Câmara brasileira havia dado o aval em 2018, mas o processo travou durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Apoio de Lula

Em abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que trabalharia pessoalmente para o Congresso aprovar a adesão. “A nossa integração vai bem além do que um projeto estritamente comercial. O Mercosul não pode estar limitado à barganha do ‘quanto eu te vendo e quanto você vende pra mim'”, afirmou o petista durante cúpula do bloco sul-americano em Puerto Iguazú, na Argentina.

No mesmo evento, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também defendeu a ampliação do Mercosul e citou a Bolívia. “Com base no compromisso inalienável do Brasil com a integração regional, questão reiterada constantemente pelo presidente Lula, daremos continuidade ao processo de aproximação do Mercosul com a América Central e o Caribe, na busca de novas oportunidades de negócios para nossos operadores econômicos”, afirmou o chanceler na ocasião.

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