Bolsonaro diz que Forças Armadas no Brasil estão preparadas para possíveis confrontos como os do Chile

“Não podemos ser surpreendidos, temos que ter a capacidade de nos antecipar a problemas”, disse o presidente

Equipe InfoMoney

(Foto: José Dias/PR)

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Durante a sua viagem ao Japão, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que conversou com Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa, e que o governo brasileiro monitora eventuais manifestações no Brasil motivadas pela situação do Chile.

“Nós nos preparamos. Ontem conversei com o ministro da Defesa sobre a possibilidade de termos movimentos como já tivemos no passado parecidos com o que estão acontecendo no Chile e como devemos nos preparar para isso. […] A gente se prepara para usar o artigo 142, que é para manutenção da lei e da ordem, caso [os militares] venham a ser convocados”, declarou, ao ser questionado sobre algumas análises de que o próximo País a ter agitação social seria o Brasil.

Bolsonaro ainda acusou Humberto Costa, senador pelo PT, de agitar as massas para confronto no País.

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“Não podemos ser surpreendidos, temos que ter a capacidade de nos antecipar a problemas”, disse o presidente ao conversar com alguns jornalistas depois de café da manhã.

O presidente afirmou que o que acontece atualmente na América do Sul são movimentos de esquerda que se autoajudam para tentar conquistar o poder, e que teriam sido articulados a partir da criação do Foro São Paulo. “A intenção deles é atacar os EUA e se autoajudarem para que seus partidos à esquerda tenha ascensão. Dinheiro nosso brasileiro, do BNDES, irrigou essa forma de fazer política”, afirmou. Segundo Bolsonaro, “estão mudando de nome agora, mas se engana quem acha que essas pessoas foram alijadas da vida pública pelas urnas”.

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Protestos

Os protestos no Chile começaram na sexta-feira (18) depois do aumento do preço das passagens do metrô de Santiago – medida já suspensa pelo governo. Desde então, a população incluiu outras demandas sociais nas manifestações. Até o momento, 15 pessoas morreram. Por quatro noites consecutivas, as Forças Armadas decretaram toque de recolher.

Na noite de terça-feira (22), o presidente Sebastián Piñera fez um pronunciamento à nação para anunciar um pacote de medidas para melhorar a qualidade de vida da população e reconhecer a falta de visão.
“Diante das necessidades legítimas e das demandas sociais dos cidadãos, recebemos com humildade e clareza a mensagem que os chilenos nos deram”, afirmou o presidente Piñera em cadeia nacional.

Já no sábado (19), os bispos chilenos divulgaram declaração afirmando que a liderança no país deve “compreender o profundo mal-estar das pessoas e das famílias, atingidas por medidas iníquas e decisões arbitrárias que dizem respeito à vida delas de cada dia e por práticas diárias que consideram abusivas, porque atingem sobretudo os grupos mais vulneráveis”.

(Com agências internacionais)

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