Base do governo articula reforma da Previdência branda em meio à crise política

Segundo o Estadão, base já fala em aprovar apenas idade mínima na reforma

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A crise política em meio à delação da JBS segue refletindo no cenário para a aprovação de reformas. Se na segunda-feira os jornais destacaram o “plano B” para a reforma da Previdência (informação que foi negada ontem pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles), hoje os jornais apontam que a base aliada do governo Michel Temer articula a aprovação da reforma. Porém, mais enxuta. 

Conforme informam os jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, líderes de partidos da base aliada na Câmara começaram a defender um fatiamento da reforma. Uma das alternativas seria focar nos servidores públicos como forma de ajudar a resolver a crise fiscal nos estados e manter o apoio do setor produtivo, diz O Globo citando conversas reservadas entre técnicos, especialistas e parlamentares da base. 

Defensores dessa alternativa dizem que retirar trabalhadores do setor privado do texto – como rurais, idosos e deficientes de baixa renda- traria apoio de algumas bancadas, como a do Nordeste, e de boa parte do PSDB, aponta a publicação. A fixação da idade mínima de 65 anos ao funcionalismo seria a exceção e viria por alteração constitucional podendo ser estendida aos aposentados do INSS.

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O Estadão, por sua vez, destaca que, nas conversas, os parlamentares já discutem aprovar apenas o aumento da idade mínima para a aposentadoria, considerado um dos pilares da proposta. As outras mudanças seriam encaminhadas só a partir de 2019, quando o País terá um novo presidente eleito pelo voto direto.

Equipe econômica

Ontem, após fórum realizado pela revista Exame, Meirelles reafirmou a jornalistas que o governo não pretende fazer a reforma da Previdência por medida provisória, o chamado plano B. “Temos só um plano que é o plano da reforma da Previdência por emenda constitucional. E temos trabalhado nisso.”

O secretário da Previdência, Marcelo Caetano, também negou que o governo cogite outra via para a reforma que não seja a legislativa. “Só trabalho com plano A. Na minha perspectiva, a aprovação é plano A”.

Segundo Caetano, a expectativa, com base em conversas com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) é que a reforma seja aprovada na Câmara na primeira quinzena de junho e depois siga para votação no Senado.

Para Meirelles, o eventual atraso na aprovação em relação à previsão inicial do governo não prejudicará o ajuste pretendido com a reforma. “Se houver atraso de alguns meses, não será isso que vai fazer uma diferença enorme do ponto de vista fiscal a longo prazo. No entanto, para formação da expectativa, para continuar aumentando o grau de confiança para as pessoas investirem, produzirem, consumirem, é importante que a reforma seja aprovada o mais rápido possível.”

(Com Agência Brasil e Bloomberg) 

 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.