Apoio ao governo de Michel Temer é escolha entre “ruim e péssimo”, afirma Doria

Segundo o prefeito, o PSDB escolheu proteger o Brasil e priorizar a governabilidade, em prol da agenda de reformas

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – A decisão do PSDB em seguir na base do governo na última segunda-feira (12) não foi unanimidade entre os líderes do partido, principalmente pela classe mais jovem, que desde os escândalos envolvendo os donos da JBS pediam o desembarque da sigla. Porém, “há certos momentos na vida em que você tem que fazer a avaliação sobre o ruim e o péssimo. Entre o ruim e o péssimo, o ruim é melhor que o péssimo”, afirmou o prefeito de São Paulo, João Doria, sobre a manutenção do partido na base aliada.

“Nós estamos do lado do Brasil. Mais do que tudo, é a proteção ao Brasil, à governabilidade, o apoio às reformas no Congresso Nacional. O desembarque do PSDB do governo neste momento implicaria em colocar o Brasil numa crise profunda no plano econômico e no político. Hoje, nós estamos no plano político apenas. Se o PSDB sair, mergulhamos também no plano econômico”, explicou o prefeito em entrevista à BBC Brasil.

Segundo Doria, “nós temos que proteger o Brasil e os brasileiros. Não se trata de fazer a defesa do governo Temer ou do presidente Temer, mas sim da estabilidade política para permitir alguma estabilidade econômica para a retomada do crescimento e também para proteger as reformas que estão em discussão no Congresso Nacional neste momento”.

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Sobre as eleições de 2018, Doria afirmou que o próximo presidente do Brasil deveria ser um “gestor”, uma das marcas da sua plataforma política quando ganhou a prefeitura de São Paulo, ao mesmo tempo que minimizou seu interesse na disputa presidencial — “nós temos que pensar em eleição em janeiro do ano que vem”. Para o prefeito, não é hora de discutir esse assunto, mas “ajudar a resolver a crise brasileira”.

PT x PSDB

Com relação ao afastamento do senador Aécio Neves pelo ministro Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, no mês passado, Doria foi enfático: “ele não foi julgado, ele foi indiciado. É preciso reconhecer a diferença entre indiciado e julgado. Enquanto indiciado, o PSDB defende que toda investigação seja feita em sua plenitude, sem esconder nada e sem inibir nenhuma investigação. Diferente do PT, que sempre fugiu e procurou evitar a investigação”.

Ainda sobre o PT, Doria classificou o partido como “inimigo do Brasil”, já que “produziu a maior recessão econômica da história brasileira. O maior assalto aos cofres públicos que se teve notícia no mundo”. E questiona: “quem durante 13 anos teve o poder e a possibilidade de encontrar soluções para o país, veio com esse discurso de proteger, amparar, integrar, colocar o país dentro de um processo ético, ver seus principais dirigentes indiciados, presos ou com tornozeleira não é exatamente um partido que pode falar de ética, tamanho o volume de pessoas implicadas”.

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