Alckmin inaugura escritório da Embraer na Índia e mira novos contratos com governo

Empresa brasileira inaugura escritório na capital indiana e amplia foco em defesa, engenharia e cadeia de suprimentos em meio à política de autossuficiência do país asiático

Marina Verenicz

Divulgação Embraer
Divulgação Embraer

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A Embraer inaugurou nesta sexta-feira (17) um escritório próprio em Nova Délhi, reforçando sua estratégia de longo prazo para ampliar negócios e cooperação tecnológica com o governo da Índia.

O evento contou com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), do ministro da Defesa, José Múcio, e de autoridades indianas do setor aeronáutico e de aviação civil.

A instalação marca um novo capítulo na relação entre Brasil e Índia no setor aeroespacial, que já se estende por duas décadas. A empresa pretende usar o novo escritório como base para expandir equipes locais nas áreas de engenharia, compras e cadeia de suprimentos, além de fortalecer o diálogo com clientes, fornecedores e órgãos governamentais.

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Segundo o presidente da companhia, Francisco Gomes Neto, o movimento reflete o compromisso da Embraer em contribuir para o programa indiano de autossuficiência industrial. “Estamos presentes na Índia há 20 anos, e este passo reforça nossa parceria de longo prazo e a confiança nas oportunidades do país”, afirmou o executivo.

Hoje, 50 aeronaves da Embraer estão em operação na Índia, incluindo modelos utilizados pela Força Aérea Indiana, companhias aéreas e operadoras privadas.

Entre os projetos em destaque, está o C-390 Millennium, avião de transporte multimissão que a fabricante brasileira busca oferecer ao governo indiano como alternativa às aeronaves militares atualmente em uso.

Segundo o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Bosco da Costa Junior, o modelo tem grande potencial no país. “O C-390 reúne versatilidade e desempenho compatíveis com as demandas operacionais da Índia e pode reforçar as capacidades de defesa e resposta humanitária do país”, disse.

A ampliação da presença indiana é vista pela empresa como estratégica também para aprofundar parcerias com fornecedores locais e integrar-se a cadeias globais de produção em um momento em que a Índia consolida sua posição como polo de tecnologia e manufatura aeroespacial.