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A tentativa do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, de endurecer as regras para pedidos de impeachment contra integrantes da Corte encontra resistência majoritária na opinião pública, segundo a mais recente rodada da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (19).
Segundo o levantamento, 51% dos brasileiros disseram ser contra a iniciativa que buscava restringir o andamento de processos de impedimento de ministros do STF no Senado. Outros 33% afirmaram concordar com a tentativa de limitar esses mecanismos, enquanto o restante não soube ou preferiu não responder.

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A proposta de Gilmar Mendes ganhou repercussão após o ministro defender mudanças no entendimento do Supremo que, na prática, poderiam reduzir a margem de atuação do Congresso para analisar pedidos de impeachment contra magistrados da Corte.
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A movimentação foi lida por parlamentares e analistas como uma reação ao aumento da pressão política sobre o STF, em meio ao avanço de iniciativas no Senado voltadas a ministros da Corte. Diante da reação negativa, Gilmar recuou da decisão, afirmando que não pretendia impedir o funcionamento das prerrogativas constitucionais do Legislativo.
A rejeição à proposta aparece de forma ainda mais expressiva em determinados segmentos do eleitorado. Entre os entrevistados que se identificam como de direita, mas não bolsonaristas, a discordância chega a 70%, o maior índice registrado na pesquisa.
A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.002 pessoas em todo o país entre os dias 11 e 14 de dezembro. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.