18 deputados não votaram pela isenção de IR até R$ 5 mil; veja quem estava ausente

Proposta, prioridade de Lula em ano eleitoral, prevê desconto parcial até R$ 7.350 e amplia taxação sobre alta renda

Marina Verenicz

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A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (1º) o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para rendimentos mensais de até R$ 5 mil a partir de 2026.

O placar foi de 493 votos favoráveis, sem votos contrários e com 18 ausências – entre elas, a do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos.

Veja quais foram os deputados que não estavam presentes na sessão:

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O texto, relatado por Arthur Lira (PP-AL), foi construído ao longo de intensas negociações e recebeu mais de 90 emendas antes da votação. Entre os ajustes acatados, estão garantias de compensação financeira a Estados e municípios, manutenção das regras do Prouni (Programa Universidade para Todos) e exclusões específicas no cálculo da tributação mínima.

A medida é considerada estratégica pelo Palácio do Planalto, que vê na ampliação da isenção um ativo político para elevar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ano eleitoral. O governo estima que até 16 milhões de brasileiros serão beneficiados pela mudança, sobretudo nos estados do Sul e Sudeste.

A isenção terá custo estimado de R$ 25,8 bilhões já em 2026 e R$ 100,6 bilhões até 2028. Para compensar a perda de arrecadação, o projeto cria um imposto mínimo sobre rendimentos acima de R$ 600 mil anuais, com alíquota progressiva até 10% a partir de R$ 1,2 milhão. Dividendos superiores a R$ 50 mil por mês também serão tributados em 10%.

O texto segue agora para o Senado. Para que a nova regra já valha nas declarações de 2026, a proposta precisa ser aprovada e sancionada pelo presidente até o fim deste ano.