Três ações do Ibovespa para você ganhar mais com dividendos

A Empiricus selecionou as três melhores ações do Ibovespa para o pequeno investidor ganhar com dividendos

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O Ibovespa segue com desvalorização ao longo do ano, mas nem tudo está perdido para o investidor da bolsa. De acordo com a Empiricus Research, este momento, para os fundamentalistas que buscam bons dividendos, é oportuno para a “busca de barganhas”. Segundo a casa de análise, a queda da bolsa levou junto empresas boas empresas e verdadeiras geradoras de caixa. “Na hora do aperto, o pessoal esquece os fundamentos, se deixa levar pelo pânico e vende também qualidade. Pior para quem vendeu, melhor para nós que estávamos à espera de um motivo a mais para comprar barato quem remunera com zêlo”, afirmou em relatório.

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Para a Empiricus, é necessário encontrar um caminho direto que leve até as ações de dividendos sustentáveis e, segundo eles, há alguns atalhos nesse sentido. Um deles são os programas de recompra. A Empiricus explicou que a forma mais trivial de entender programas de recompra é como proxy de dividendos ou JCPs. Na medida em que recompra suas próprias ações, a empresa vai aumentando a importante métrica de lucro/ação. Faz isso na razão entre lucro preservado (numerador) e um menor número de ações disponíveis no mercado (denominador). Trata-se, portanto, de uma diluição no sentido oposto.

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O trio BBB dos dividendos
A partir dessa ideia, a Empiricus selecionou as três melhores ações do Ibovespa para o pequeno investidor ganhar com dividendos, e ainda alertou que não é o caso de sair comprando todo e qualquer papel sob o guarda chuva da recompra – é preciso ser sempre bastante seletivo. “É justamente o que faremos aqui por meio de uma aposta tripla. Por coincidência, num triunvirato em que todos os picks começam com a letra B”, afirmou.

A primeira recomendação da casa de análise é o Bradesco (BBDC4), cujas ações atingiram a ofensiva casa dos R$ 27 na segunda-feira (08). Em reação rápida e direta, o conselho aprovou um programa de buyback de 15 milhões de ações, metade em ONs e metade em PNs. “Para nós que acompanhamos o banco faz tempo, não foi surpresa. Jamais vamos especular qual é o nível que o conselho julga suficientemente barato para engatilhar a recompra, mas sabemos que sempre há uma disposição tácita nesse sentido, a experiência mostra isso”, explicou.

A segunda recomendação foi a BM&F Bovespa (BVMF3), que anunciou recentemente um programa de recompra bastante substancial, da ordem de 60 milhões de ações, proporcional a até 3,13% do float. “No caso de BVMF, essa decisão não só é estratégica, mas também emblemática no sentido de dar o exemplo para o mercado. Quer queira, quer não, Bolsa tem essa função de – companhia aberta das companhias abertas – educar pelo exemplo”, completou.

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Por fim, a Empiricus destacou a Br Malls (BRML3), que está com ações batendo perto da mínima nonsense de 52 semanas. Talvez antecipando as dificuldade sistêmicas, o conselho se adiantou aos outros, anunciando seu programa de buyback no início de maio, para até 5% do float. Isso deu à empresa a versatilidade de usar as recompras ao toque de um botão, evitando quedas maiores do papel. “Ademais, o comunicado da recompra já aproveitou para enfatizar que as ações eventualmente adquiridas seriam mantidas em tesouraria para posterior alienação ou cancelamento. Com isso, BRML não deixa dúvidas sobre o mesmo bolo para menos bocas”, finalizou.