Tesouro Direto: títulos públicos têm queda nos prêmios nesta segunda-feira

Investidores monitoram as novas projeções de alta para Selic, inflação e PIB divulgadas hoje no relatório Focus, do Banco Central

Bruna Furlani

Notas de real (Crédito: Shutterstock)

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SÃO PAULO – As taxas pagas pelos títulos públicos negociados por meio da plataforma do Tesouro Direto caíam na tarde desta segunda-feira (21), mesmo após o mercado elevar mais uma vez as expectativas para a Selic no fim deste ano.

O Tesouro Prefixado com vencimento em 2026, por exemplo, pagava uma taxa de 8,62% ao ano, contra 8,81% na sessão anterior. Da mesma forma, o Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2031 oferecia rentabilidade de 9,28%. Na última sexta-feira, o papel entregava um rendimento de 9,40% ao ano.

Alguns títulos atrelados à inflação também tinham recuo nos prêmios. A rentabilidade do Tesouro IPCA com juros semestrais e vencimento em 2055, por exemplo, pagava a inflação mais uma taxa de 4,36%, contra 4,45% na sessão anterior.

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Já as taxas dos títulos com vencimento para 2035 e 2045 operavam estáveis, com prêmios reais de 4,22% ao ano.

Confira os preços e as taxas atualizadas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto nesta segunda-feira (21):

TESOURO DIRETO TAXAS
Fonte: Tesouro Direto

Estimativa para Selic, inflação e PIB em alta

No noticiário do dia, investidores acompanharam novas elevações do mercado financeiro para indicadores de inflação, para os juros e para a atividade doméstica.

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Segundo informações do relatório Focus, do Banco Central, divulgadas hoje pela manhã, o mercado prevê que a Selic deve chegar a 6,50% ao ano no fim deste ano. Uma semana antes, as projeções apontavam que a taxa básica de juros estaria em 6,25% em dezembro deste ano.

A atualização das expectativas ocorre depois que o Banco Central aumentou, na última quarta-feira (16), a taxa básica de juros de 3,50% para 4,25% ao ano e se mostrou favorável a novos ajustes de mesma magnitude ou até maiores, a depender de uma deterioração das expectativas de inflação.

Em paralelo, a pressão inflacionária continua. Os consultados no Focus aumentaram pela 11ª vez seguida a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021, agora de 5,82% para 5,90%.

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Com a retomada da economia e o avanço da vacinação, o mercado também projeta maior crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) pela nona vez seguida. A projeção para a alta da atividade neste ano subiu de 4,85% para 5,00%.

Ainda na cena local, investidores devem ficar de olho em possíveis novidades sobre a extensão do auxílio emergencial e sobre o novo valor que deve ser oferecido às famílias que recebem o Bolsa Família.

Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim no jornal O Globo, o valor médio a ser pago pelo novo programa Bolsa Família deve ser de R$ 284, acima da média atual de R$ 189. A expectativa também é aumentar o número de beneficiários, passando dos atuais 14,7 milhões para 17 milhões.

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Já sobre o auxílio emergencial, a coluna diz que o governo deve estender o benefício por mais três meses, com o mesmo valor, que pode variar entre R$ 150 e R$ 375, mantido o público-alvo: 39 milhões de brasileiros.

Outro ponto de destaque do dia é a votação da MP da desestatização da Eletrobras na Câmara, que teve início às 15h (horário de Brasília), com a votação de alguns requerimentos feitos por partidos.

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