Tesouro Direto: taxas dos títulos públicos operam em queda nesta segunda-feira

Retomada das economias globais e revisão favorável para o PIB do Brasil em 2020 no relatório Focus contribuíram para o movimento de redução dos prêmios

Lucas Bombana

(Shutterstock)

SÃO PAULO – Dando prosseguimento ao movimento da última sexta-feira, os prêmios dos títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto recuavam na tarde desta segunda-feira (13).

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O inicio da semana foi marcado por um sentimento de menor aversão ao risco por parte dos investidores no mercado global, com as atenções mais voltadas ao processo de reabertura das economias.

No início do pregão, o maior apetite ao risco também prevaleceu no fronte doméstico, contribuindo para o otimismo a revisão favorável pela segunda semana seguida do mercado financeiro das projeções para a contração da economia brasileira.

Segundo o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta manhã, economistas agora esperam por uma retração de 6,10% do PIB neste ano, abaixo da queda de 6,50% estimada anteriormente.

Para 2021, a expectativa para o crescimento da economia brasileira se manteve em uma expansão de 3,50% do PIB.

Com relação à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os economistas consultados projetam alta de 1,72% em 2020, um pouco acima do avanço de 1,63% da semana anterior. Já em 2021, a inflação deve ficar em 3,00%, sem alterações na comparação com o último levantamento.

Outra noticia positiva da agenda doméstica partiu do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br), da Fundação Getulio Vargas (FGV), que caiu 7,3 pontos na passagem de junho para julho, de acordo com a prévia do indicador deste mês divulgada em edição extraordinária nesta segunda-feira.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, entre os papéis prefixados, o título com vencimento em 2023 recuava de 4,20% ao ano, na tarde de sexta-feira (10), para 4,11% hoje, enquanto o juro pago pelo mesmo papel com prazo em 2026 caía de 6,08% a.a. para 6,02%.

Entre os títulos indexados à inflação, o papel com vencimento em 2026 pagava nesta tarde uma taxa de 2,26%, ante 2,31% na sessão passada. Já o prêmio oferecido pelos títulos com vencimentos em 2035 e 2045 cedia de 3,76% para 3,74%.

No câmbio, o dólar operava em alta de 0,7% ante o real, negociado a R$ 5,35 por volta das 16h.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira (13):

Fonte: Tesouro Direto

Cena global

As bolsas internacionais operavam em alta nesta segunda-feira, impulsionadas pela expectativa de que o pior tenha ficado para trás em relação à pandemia.

Ontem, Nova York teve seu primeiro dia sem mortes pela Covid-19 desde março, ainda que a Flórida, por outro lado, tenha registrado seu maior número de casos em um só dia, com 15,3 mil novas infecções.

Sinalizações quanto à retomada da economia global também vêm das cotações em alta do preço do minério de ferro. Na sessão desta segunda-feira (13), os preços spot da commodity com pureza de 62% negociada no porto de Qingdao, na China, atingiram US$ 111,85 a tonelada, com alta de 4,5%, no nível mais alto desde agosto de 2019.

Na agenda de indicadores da semana, as atenções se voltam para o PIB chinês do segundo trimestre, na quarta-feira (15), no mesmo dia em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) divulga o Livro Bege, com a avaliação dos dirigentes da autoridade monetária sobre a economia americana.

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