Tesouro Direto: taxas de títulos públicos sobem nesta segunda-feira

Investidores acompanham desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China e cortes nas projeções de inflação no Brasil

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Os retornos oferecidos pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta segunda-feira (7), em meio às incertezas no cenário externo.

Entre os destaques do dia, mercados acompanham notícias da Bloomberg de que as autoridades chinesas estão hesitando em buscar um amplo acordo comercial com os Estados Unidos na rodada de negociações prevista para esta quinta-feira (10), em Washington.

Segundo a Eurasia, há uma chance de 40% para um acordo provisório e uma possibilidade de 60% de que Trump adie os novos aumentos, cita a rede americana CNBC.

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Os mercados repercutem ainda os indicadores da atividade econômica dos EUA divulgados na última semana, que sinalizaram uma fragilidade maior da potência mundial e aumentaram as preocupações com o risco de uma recessão no país – contribuindo para apostas de novos cortes nas taxas de juros americanos. Investidores acompanham também o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, o banco central americano, às 14h (horário de Brasília).

No âmbito doméstico, as atenções se voltam hoje à divulgação mais recente do Relatório Focus, do Banco Central. A pesquisa semanal com instituições financeiras mostrou que o mercado rebaixou as expectativas para a inflação, de 3,43% para 3,42%, em 2019, e de 3,79% para 3,78% em 2020. Para 2021, a projeção ficou inalterada em 3,75%.

A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, por sua vez, permaneceu inalterada em 2019 e para os próximos anos. Já as projeções para a taxa básica de juros se mantiveram em 4,75%, para 2019, em 5,00%, para 2020, e em 6,5%, para 2021.

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No Tesouro Direto, o título indexado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2024 oferecia um prêmio anual de 2,59%, ante 2,55% a.a. na abertura de sexta-feira (4). O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.863,19 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 57,26 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Os títulos com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais uma taxa de 3,40% ao ano, ante 3,38% a.a. anteriormente.

Já os papéis com retorno prefixado, como o com vencimento em 2022, oferecia retorno de 5,45% ao ano, ante 5,44% a.a. na véspera.

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Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

(Tesouro Direto)

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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