Tesouro Direto: taxas de títulos públicos sobem nesta terça-feira

Mercados repercutiram IPCA-15 e votação em segundo turno da reforma da Previdência no Senado

Mariana Zonta d'Ávila

"Shutterstock"

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta terça-feira (22).

Entre os indicadores, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou alta de 0,09% em outubro, mesmo resultado registrado no mês anterior. A variação veio acima da expectativa de 0,03%, de acordo com a mediana de economistas consultados pela Bloomberg, mas ainda endossa um cenário sem pressões na inflação – contribuindo para expectativas de novos corte nas taxas de juros. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esta é a menor taxa de variação para meses de outubro desde 1998, quando a taxa foi de 0,01%.

No ano, o IPCA-15 acumula aumento de 2,69%. Já nos últimos 12 meses encerrados em outubro, o indicador ficou em 2,72%, abaixo do piso da meta de inflação para 2019, de 4,25%.

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No Tesouro Direto, o título com retorno prefixado e vencimento em 2025 pagava uma taxa de 6,19% ao ano, ante 6,12% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 732,87 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 36,64 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

O papel com juros semestrais e prazo em 2029, por sua vez, oferecia um prêmio anual de 6,56%, ante 6,50% a.a. anteriormente.

Os títulos atrelados ao IPCA, como o com prazos em 2035 e 2045 pagavam a inflação mais 3,17% ao ano, ante 3,16% a.a. mais cedo. Já o retorno do Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2050 avançava de 3,31% para 3,33% ao ano.

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Ainda no cenário doméstico, o mercado seguiu no aguardo pela votação, em segundo turno, da reforma da Previdência no plenário do Senado, que deve acontecer ainda nesta terça-feira.

No exterior, investidores acompanharam a aprovação do acordo entre União Europeia e Reino Unido para o Brexit. Os parlamentares ainda precisam, contudo, passar o Brexit pela Câmara dos Comuns antes dele se tornar definitivo, de modo que deve haver um pedido de extensão do prazo para a saída definitiva do Reino Unido.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

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Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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