Tesouro Direto: taxas de títulos indexados à inflação sobem nesta sexta-feira

Coronavírus segue no radar e aumenta as preocupações em relação à desaceleração global

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos indexados à inflação e negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta sexta-feira (28), em meio a um ambiente de aversão a risco com o coronavírus.

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Nova Zelândia e Nigéria reportaram os primeiros casos confirmados da doença, enquanto a Coreia do Sul ultrapassou hoje a marca de 2,3 mil pessoas infectadas, com 571 novos casos nas últimas 24 horas. No mundo, já são registrados mais de 82 mil casos do Covid-19.

Apesar do cenário ainda hostil ao risco, o Ibovespa reverteu as perdas no fim pregão, fechando com alta de 1,15%, aos 104.171pontos, enquanto o dólar comercial teve alta de 0,7%, cotado a R$ 4,4746 na compra e R$ 4,4751 na venda.

O Banco Central voltou a intervir para conter a alta da moeda americana e ofertou nesta manhã 20 mil contratos de swap cambial, que se somam aos 30 mil vendidos nos últimos dois dias.

Com o aumento das preocupações em relação a uma desaceleração do crescimento global, a perspectiva de que a já fraca economia brasileira possa declinar ainda mais levou o mercado a aumentar as apostas em flexibilização monetária adicional, mesmo que a probabilidade de corte da Selic pelo Banco Central ainda seja marginal.

Ontem, o Bank of America reduziu pela segunda vez no mês, por conta da doença, a projeção para o crescimento do Brasil em 2020, de 2,2% para 1,9%. Na quarta-feira, foi a vez do JP Morgan, que cortou a estimativa para a expansão do PIB brasileiro neste ano de 1,9% para 1,8%.

Na agenda de indicadores domésticos, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) mostrou hoje que o desemprego ficou em 11,2% no trimestre até janeiro, ante taxas de 11%, no trimestre encerrado em dezembro, e 12%, no trimestre até janeiro de 2019. A estimativa mediana dos economistas de acordo com o consenso Bloomberg era de 11,3%.

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No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2035 pagava uma taxa de 3,43% ao ano, ante 3,39% a.a. na abertura do dia. Já o Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2055 pagava 3,61% ao ano, ante 3,59% ao ano anteriormente.

Entre os títulos prefixados, o movimento era de queda nas taxas. É o caso do Tesouro Prefixado 2023, que pagava 5,25% ao ano, ante 5,34% a.a. mais cedo, enquanto o retorno oferecido pelo Tesouro IPCA+2026 cedia de 6,45% para 6,39% ao ano.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

Entenda tudo sobre Tesouro Direto neste guia completo:

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