Tesouro Direto: taxas de títulos públicos recuam nesta quarta-feira

Investidores monitoraram avanço da Covid-19 no Brasil e no mundo; dados da economia americana também estiveram no radar

Mariana Zonta d'Ávila

Notas de Real na carteira (Rmcarvalho/Getty Images)

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SÃO PAULO – As taxas pagas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam queda na tarde desta quarta-feira (25).

O título prefixado com vencimento em 2023 pagava um prêmio anual de 5,30%, ante 5,41% na tarde de ontem. A taxa paga pelo mesmo papel com prazo em 2026, por sua vez, recuava de 7,71% para 7,61% ao ano.

Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 3,02%, ante 3,04% no pregão anterior. Já o juro pago pelo Tesouro IPCA+ 2035 cedia de 4,21% para 4,16% ao ano.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quarta-feira (25):

Fonte: Tesouro Direto

Cena doméstica

Entre os destaques do dia, investidores monitoraram o avanço do número de casos de Covid-19 no Brasil, que completa dez dias com tendência de alta na média móvel. De acordo com o Imperial College de Londres, a taxa de transmissão da doença chegou a 1,3 – o maior nível desde maio.

No âmbito político, o governo de Jair Bolsonaro e o Congresso negociam cortes de incentivos e subsídios de até 25%, com o objetivo de garantir o financiamento do Renda Cidadã, programa social de transferência de renda que pode vir a substituir o Bolsa Família, mas, no momento, esbarra no teto de gastos.

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Segundo o jornal Valor Econômico, as negociações ocorrem em torno da PEC (proposta de emenda à Constituição) do Pacto Federativo, que pode ser votada a partir de 8 de dezembro. Uma fonte do jornal afirma que certos setores, como adeptos do Simples Nacional, poderiam ser poupados.

EUA no radar

Nos Estados Unidos, às vésperas do feriado de Ação de Graças, investidores monitoraram o dado revisado do PIB do país no terceiro trimestre, que registrou crescimento de 33,1% na comparação com o segundo trimestre, em linha com o estimado pelos economistas consultados pela Reuters.

Ainda na agenda de indicadores americana, o número de pedidos de seguro-desemprego chegou a 778 mil na semana passada, acima dos 733 mil previstos pelos economistas.

Os mercados aguardam ainda pela ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que deve ser divulgada às 16h.

Ontem, além das notícias sobre o resultados de vacinas contra o coronavírus, a autorização da transição de governo nos EUA e os primeiros nomes escolhidos por Joe Biden para compor sua equipe animaram o mercado.

Enquanto uma vacina não chega, economias importantes na Europa, como Reino Unido, França e Alemanha, implementam novas medidas de restrição. A Espanha registrou 537 novas mortes na terça-feira e a Itália, 853 – o maior patamar desde março, quando os dados do país eram acompanhados mundialmente, como exemplo da gravidade que a crise de Covid poderia atingir.

Na terça-feira (24), o governo francês anunciou o afrouxamento limitado do lockdown no país a partir de meados de dezembro. Alemanha e Espanha estudam implementar restrições sobre as reuniões de Natal e Ano Novo, em uma tentativa de impedir a propagação do vírus no feriado.

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