Tesouro Direto: taxas de títulos públicos recuam nesta quarta-feira

Sessão foi marcada por maior ânimo dos mercados após notícia de vacina contra a Covid-19; no Brasil, foco recaiu sobre cena política

Mariana Zonta d'Ávila

(Rmcarvalho/Getty Images)

SÃO PAULO – Os prêmios oferecidos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto seguiram em queda na tarde desta quarta-feira (15), revertendo o movimento de alta do dia anterior, em meio a um ambiente de menor aversão ao risco.

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Contribuiu para o maior otimismo dos mercados o anúncio da empresa de biotecnologia Moderna de que a vacina que está desenvolvendo contra a Covid-19 induziu respostas de anticorpos em todas as 45 pessoas que participaram do teste.

Apesar da notícia positiva, Mark Nash, responsável pela área de renda fixa global na Merian Global Investors, lembrou à Bloomberg que ainda há um temor muito grande de uma recuperação econômica em formato de “W”, ainda mais com o avanço do coronavírus em locais que adotaram medidas de relaxamento do isolamento social.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 2,28% nesta tarde, ante 2,32% ao ano na terça-feira (14). Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam um prêmio anual de 3,78%, frente 3,82% a.a. anteriormente.

Entre os papéis com retorno prefixado, o juro pago pelo título com vencimento em 2026 cedia de 6,14% para 6,09% ao ano, enquanto o prêmio anual oferecido pelo mesmo papel com juros semestrais e prazo em 2031 recuava de 6,70% para 6,63%.

No câmbio, após operar em leve queda ante o real durante a manhã, o dólar virou levemente para alta e subia 0,4%, negociado a R$5,36 por volta das 16h.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quarta-feira (15):

Fonte: Tesouro Direto

Cena doméstica

No Brasil, os investidores acompanharam hoje as discussões para a criação de novos impostos que possam dar suporte ao novo programa de distribuição de renda do governo e à desoneração da folha de pagamentos.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a equipe do ministro da Economia Paulo Guedes estuda a criação de um tributo aos moldes da antiga CPMF para custear o Renda Brasil.

A tentativa será discutir uma alíquota baixa para a nova contribuição, isentando pessoas com renda de até 2 ou 2,5 salários mínimos.

Há também a iniciativa de um tributo sobre pagamentos, em especial aqueles sobre as vendas do comércio eletrônico. A ideia é de uma alíquota de 0,2% que poderia arrecadar mais de R$ 100 bilhões aos cofres públicos.

Fronte internacional

Na Ásia, o clima foi de tensão após o presidente americano, Donald Trump, tirar o status especial de parceria de Hong Kong e firmar uma lei com sanções contra políticos e bancos chineses, por conta da polêmica Lei de Seguridade Nacional imposta pela China.

Com a nova legislação, além das punições aos dirigentes políticos que tenham alguma relação com a implementação da lei de segurança, os americanos querem forçar os bancos a tomarem posição, já que visa punir todas as instituições financeiras internacionais que façam negócio com Pequim por transações em Hong Kong.

O Ministério de Relações Exteriores chinês reagiu, afirmando que o governo americano tentava interferir em assuntos internos e que estava cometendo um erro.

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