Trump tira status especial de Hong Kong; China ameaça retaliar

Presidente ainda firmou texto com sanções aprovado no Congresso

ANSA Brasil

(Alex Wong/Getty Images)

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A China ameaçou retaliar os Estados Unidos após o presidente do país, Donald Trump, tirar o status especial de parceria de Hong Kong e firmar uma lei com sanções contra políticos e bancos chineses por conta da polêmica lei de segurança nacional.

Na noite desta terça-feira (14), o republicano anunciou que estava assinando o texto que foi aprovado por unanimidade tanto pela Câmara dos Representantes como pelo Senado e que “conseguiu convencer muitos países” a não comprarem ou usarem produtos da gigante chinesa de tecnologia Huawei.

Entre os citados, estava o Reino Unido, que recentemente proibiu que a empresa fornecesse equipamentos e tecnologia para a futura rede 5G no país. Os britânicos, ao lado dos EUA, são os que mais reagiram à lei chinesa no campo político e migratório.

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“A liberdade foi tirada deles, os direitos foram tirados deles. E assim se vai Hong Kong porque não vai conseguir mais competir no mercado, na minha opinião. Muitas pessoas deixarão Hong Kong”, declarou o mandatário.

Com a nova legislação, além das punições aos dirigentes políticos que tenham alguma relação com a implementação da lei de segurança, os norte-americanos também querem forçar os bancos a tomarem posição, já que visa punir todas as instituições financeiras internacionais que façam negócio com Pequim por transações em Hong Kong.

“A China tomará as necessárias respostas para proteger os seus interesses legítimos e vai impor sanções contra relevantes políticos e entidades dos EUA”, destacou o Ministério das Relações Exteriores em nota divulgada nesta quarta-feira (15).

Essa é a terceira vez em menos de um mês que EUA e China aplicam sanções e respostas por conta de legislações polêmicas. No dia 13 de julho, Pequim anunciou punições contra três políticos e um embaixador norte-americanos por conta da crise dos uigures, uma minoria muçulmana alvo de perseguição. Pouco antes, as sanções atingiram a área de grandes empresas de comunicação.

No artigo, a China foca em casos de secessão e subversão, terrorismo e interferência de governos estrangeiros, aumentando tanto o rol de crimes relacionados ao tema como as punições para quem for acusado.

Além disso, também permite a instalação de agências de segurança e inteligência que não precisam se submeter ao governo local, reportando-se diretamente para Pequim. Segundo o governo chinês, a medida quer alinhar a legislação que era muito ampla.

No entanto, governos internacionais afirmam que as medidas atingem em cheio aqueles que querem protestar contra Pequim, pedindo por mais democracia, e ferem o acordo de “um país, dois sistemas”, que permitia a autonomia do território.

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