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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda dos papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentavam queda na tarde desta terça-feira (14).
Entre as principais notícias do dia esteve a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, publicada na manhã desta terça-feira. Segundo o documento, indicadores sugerem uma “probabilidade relevante” de que a economia brasileira tenha recuado no primeiro trimestre. “O processo de recuperação gradual da atividade econômica sofreu interrupção no período recente, mas o cenário básico contempla sua retomada adiante”, aponta a autoridade monetária.
A autoridade monetária apontou que “o processo de recuperação gradual da atividade econômica sofreu interrupção no período recente, mas o cenário básico contempla sua retomada adiante”.
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A ata diz ainda que indicadores do primeiro trimestre induziram a “revisões substantivas” nas projeções para PIB de 2019 na pesquisa Focus e que “essas revisões refletem um primeiro trimestre aquém do esperado, com implicações para o ‘carregamento estatístico’, mas também embutem alguma redução do ritmo de crescimento previsto para os próximos trimestres”.
Também no radar, o IBGE divulgou hoje o volume de serviços relativo ao mês de março, que recuou 0,7% na comparação com fevereiro. Esta é a terceira queda consecutiva do setor no ano, que acumula perdas de 1,7% nos três primeiros meses.
No exterior, o mercado tentou se recuperar do forte tombo da véspera em meio à tensão relativa à guerra comercial entre China e EUA. Apesar da falta de decisão, o presidente Donald Trump aliviou um pouco o clima ao afirmar que espera um acordo em três ou quatro semanas.
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No Tesouro Direto, o papel prefixado com vencimento em 2025, por exemplo, oferecia retorno de 8,52% ao ano, ante 8,63% a.a. pela manhã. O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 31,56 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) ou adquirir o título integralmente por R$ 631,22.
O papel prefixado com juros semestrais e vencimento em 2029, por sua vez, pagava prêmio anual de 8,73%, ante 8,84% ao ano mais cedo.
Nesses títulos, o investidor sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver o investimento até a data de vencimento. Além disso, por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal, ou seja, é necessário descontar a inflação para obter o retorno real da aplicação.
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A queda também foi encontrada nos títulos indexados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Os papéis com vencimento em 2035 e 2045, por exemplo, pagavam taxa de 4,28% ao ano (acrescida da inflação), ante 4,34% a.a. pela manhã.
Título | Vencimento | Taxa de Rendimento (a.a.) | Valor Mínimo | Preço Unitário | ||
---|---|---|---|---|---|---|
Indexados ao IPCA | ||||||
Tesouro IPCA+ 2024 | 15/08/2024 | 3,90% | R$ 52,77 | R$ 2.638,85 | ||
Tesouro IPCA+ 2035 | 15/05/2035 | 4,28% | R$ 33,05 | R$ 1.652,59 | ||
Tesouro IPCA+ 2045 | 15/05/2045 | 4,28% | R$ 32,64 | R$ 1.088,07 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 | 15/08/2026 | 3,99% | R$ 36,67 | R$ 3.667,98 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 | 15/08/2050 | 4,32% | R$ 41,85 | R$ 4.185,55 | ||
Prefixados | ||||||
Tesouro Prefixado 2022 | 01/01/2022 | 7,48% | R$ 33,07 | R$ 826,90 | ||
Tesouro Prefixado 2025 | 01/01/2025 | 8,52% | R$ 31,56 | R$ 631,22 | ||
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 | 01/01/2029 | 8,73% | R$ 33,46 | R$ 1.115,66 | ||
Indexados à Taxa Selic | ||||||
Tesouro Selic 2025 | 01/03/2025 | 0,02% | R$ 100,95 | R$ 10.095,10 |
Fonte: Tesouro Direto
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Baixo risco, liquidez e acessibilidade
O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.
O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.
O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).
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