Tesouro Direto: confira os prêmios pagos pelos títulos públicos nesta quarta-feira

Investidores monitoraram produção industrial abaixo do esperado no Brasil, aprovação de vacina no Reino Unido e estímulos nos EUA

Mariana Zonta d'Ávila

Notas de Real na carteira (Rmcarvalho/Getty Images)

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SÃO PAULO – Os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam queda na tarde desta quarta-feira (2), após dados da produção industrial abaixo do esperado.

O título prefixado com vencimento em 2023 pagava um prêmio anual de 4,78%, ante 5,00% ontem. A taxa paga pelo mesmo papel com juros semestrais e prazo em 2031, por sua vez, recuava de 7,80% para 7,62% ao ano.

Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 2,75% nesta tarde, ante 2,86% a.a. no pregão anterior. Já o juro pago pelo Tesouro IPCA+ 2045 era de 3,94%, ante 3,98% a.a. anteriormente.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quarta-feira (2):

Fonte: Tesouro Direto

Cena doméstica

A produção industrial brasileira de outubro cresceu 1,1% frente a setembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta manhã o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da alta, o número veio abaixo do esperado pelos economistas consultados pela Bloomberg, que projetavam crescimento de 1,4%.

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Em Brasília, os investidores seguiram monitorando o impasse e os desafios para o avanço da agenda de reformas.

Sem acordo sobre um novo programa social e com poucas perspectivas de que a PEC emergencial seja votada ainda este ano, o governo deve voltar ao debate sobre o Bolsa Família apenas em janeiro de 2021, afirmou à Bloomberg um integrante da equipe econômica na condição de anonimato.

Segundo a fonte, o Ministério da Economia insiste na desindexação para financiar o programa social.

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Com relação ao avanço dos casos de Covid-19 no país, o Ministério da Saúde divulgou ontem uma proposta preliminar sobre como deverá se dar a vacinação no Brasil, com previsão da campanha de imunização entre março e junho de 2021.

Segundo o programa, serão duas doses e quatro fases. Em cada etapa, serão atendidos determinados tipos de públicos, escolhidos a partir do risco da evolução para quadros graves diante da infecção, da exposição ao vírus e de aspectos epidemiológicos da manifestação da pandemia no país.

Quadro internacional

No exterior, o governo do Reino Unido se tornou o primeiro do mundo a autorizar o uso emergencial da vacina desenvolvida em parceria entre as farmacêuticas Pfizer e BioNTech, passando à frente do governo americano, que vem ensaiando um movimento similar. Com isso, a vacina deve começar a ser distribuída no país já na semana que vem.

Ainda na região, Martins Kazaks, do Banco Central Europeu, disse que uma expansão do programa de compra emergencial de títulos da instituição em 500 bilhões de euros (US$ 603 bilhões) seria “razoável” e que apoia uma extensão até meados de 2022.

Nos Estados Unidos, os investidores seguiram monitorando a negociação em torno de um novo pacote de estímulos para a economia americana, sem o qual o governo pode ter seu funcionamento prejudicado. O financiamento de quase todas as agências do governo americano expira em 11 de dezembro.

Ontem, congressistas representantes da Câmara, dominada pelos democratas, e do Senado, dominado pelos republicanos, apresentaram a proposta de um pacote de estímulos no valor de US$ 908 bilhões, que prevê verbas para a distribuição de vacinas, testagem e acompanhamento de pessoas contaminadas, além de auxílio a pequenos negócios.

A proposta chegou a gerar certo otimismo, mas foi descartada pelo líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnel, que afirma querer aprovar uma lei de estímulo econômico “direcionada”. McConnel apoia gastos em torno de US$ 500 bilhões.

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