Tesouro Direto: confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira

Relatório Focus, do Banco Central, mostra aumento nas projeções de crescimento da economia e da inflação em 2019

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta segunda-feira (16), refletindo dados mais altos de inflação.

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Entre os destaques do dia, o relatório Focus, do Banco Central, mostrou que os economistas elevaram novamente as projeções para crescimento da economia e para inflação neste ano. Em meio à disparada dos preços da carne, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de alta de 3,84% para 3,86% em 2019, embora mantida em 3,60% para 2020.

O “choque da proteína” na inflação levou, inclusive, o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) de dezembro, divulgado nesta segunda, a acelerar de 0,19% para 1,69%, a maior taxa desde junho de 2018.

A expectativa dos economistas do Focus para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, por sua vez, subiu de 1,10% para 1,12% neste ano, e teve leve ajuste de 2,24% para 2,25% para 2020.

Já as perspectivas para a taxa Selic se mantiveram em 4,50% até o fim de 2020, com queda na projeção ao fim de 2021, de 6,25% para 6,13% ao ano. Na última quarta-feira (11), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a taxa básica de juros em meio ponto percentual, para 4,5% ao ano. Investidores aguardam agora pela divulgação da ata da reunião, a ser divulgada amanhã (17).

No ambiente internacional, mercados continuaram monitorando dados acima do esperado das vendas do varejo e da produção industrial na China, com altas de 8% e 6,2%, respectivamente, em novembro na comparação com o mesmo período de 2018. Além disso, a primeira fase de um acordo comercial entre China e EUA segue no radar dos investidores.

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No Tesouro Direto, o título indexado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2024 oferecia um prêmio anual de 2,21% nesta tarde, ante 2,18% a.a. na abertura do dia. O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 58,89 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) para investir no papel, ou adquirir o título integralmente por R$ 2.944,92.

Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais 3,25% ao ano, ante 3,19% a.a. anteriormente.

Já o título com rendimento prefixado e vencimento em 2025 pagava um prêmio de 6,44% ao ano, ante 6,34% a.a. mais cedo, enquanto o retorno do Tesouro Prefixado com juros semestrais e prazo em 2029 subia de 6,72% para 6,84% ao ano.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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O que muda com Selic a 4,5% ao ano?

Com juros na mínima histórica, produtos com retornos pós-fixados, indexados ao CDI, estão rendendo cada vez menos, assim como a rentabilidade da caderneta de poupança, que é atrelada à Selic, está menor.

Nos últimos 12 meses até novembro, a caderneta rendeu 4,7%. Agora, com a Selic em 4,5% ao ano, o retorno da poupança passa a ser de 3,15% ao ano e segue perdendo para outras aplicações.

Um produto de renda fixa com retorno equivalente a 100% do CDI rende perto de 5,6% neste ano. Descontada a maior alíquota de Imposto de Renda, de 22,5%, a rentabilidade cai para 4,3%, ainda bem superior à da caderneta.

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