Tecnologia e supply chain: as principais oportunidades na bolsa americana, segundo a Franklin Templeton

Para a gestora americana, recuperação pós-pandemia deverá ser em formato de "W", com velocidades distintas de retomada ao redor no mundo

Mariana Zonta d'Ávila

(Getty Images)

SÃO PAULO – Apesar de o mundo estar atravessando uma recessão, provocada pela crise sem precedentes do coronavírus, os mercados globais parecem andar em outro passo, com forte valorização dos índices de renda variável.

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Nos Estados Unidos, após os índices Dow Jones e S&P 500 atingirem suas mínimas em março, as bolsas passaram por uma forte retomada, subindo mais de 30% cada uma.

O desempenho mais expressivo tem sido da Nasdaq, que não só devolveu toda a perda de março como atingiu sua máxima histórica na última semana, acima dos 10 mil pontos, acumulando ganho de mais de 10% em 2020.

Na avaliação de Stephen Dover, vice-presidente e head de ações da Franklin Templeton, o que explica a alta dos mercados, em descompasso com a economia real, são os estímulos fiscais e monetários proporcionados pelo Federal Reserve (o banco central americano), a baixa solvência das companhias em meio à crise, bem como o forte desempenho das empresas de tecnologia na bolsa, que concentram a maior parte dos lucros do país.

“Os ganhos de companhias como Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Alphabet dobraram e são elas que estão levantando o mercado. Se tirarmos essas empresas, o mercado americano performaria como o resto do mundo”, afirmou Dover, em teleconferência com clientes nesta segunda-feira (13).

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Com a pandemia mudando o estilo de vida das pessoas, Dover avalia que continuarão a se destacar aquelas companhias que se utilizarem da inovação. Além do setor de tecnologia, podem ser encontradas oportunidades no aumento da produção em países desenvolvidos, por meio de empresas com foco em supply chain (cadeia de suprimentos).

“Com problemas estruturais e menor diferenciação de produção entre EUA e China, devemos ver a volta do supply chain para os Estados Unidos, como era nos anos 1960 e 1970”, diz.

Com relação ao “alfabeto” de retomada da economia, apesar de os números recentes sugerirem uma recuperação em formato de “V”, quando analisadas as comparações mês a mês, o mais provável é que seja no formato de “W”, com diferentes setores e países se recuperando em velocidades diferentes, diz.

A avaliação é de que os mercados estão subindo por conta dos sinais de uma recuperação, mas que a economia real só deve voltar a patamares pré-crise quando houver uma vacina.

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