TC lança fundo de criptomoedas apostando em estratégia quantitativa

Produto tem como benchmark o Bitcoin, moeda digital que já subiu 70% em 2023

Paulo Barros

(Divulgação)

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O TC lança nesta quarta-feira (22) um fundo com exposição a criptomoedas e gestão ativa, mesclando estratégias quantitativa e fundamentalista. Seu objetivo será bater o Bitcoin (BTC), principal nome da classe de ativos e que vem subindo forte em 2023 – desde a virada do ano, a moeda digital acumula alta na casa dos 70%.

“É uma abordagem também conhecida como ‘man-machine’ (homem-máquina), essencial para que o investidor desapegue de uma performance do passado e, também, entenda quais são os fundamentos que garantem sua perenidade dali para a frente”, explica Paulo Boghosian, head de research da gestora TC Pandhora, que surgiu após o TC adquirir a Pandhora em outubro de 2022.

“Sete das 15 maiores assets do mundo já utilizam a estratégia quantitativa”, conta.

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Fundos de criptomoedas com uso de estratégia quantitativa não são novidade no Brasil. A casa Giant Steps oferecia até o começo do ano um fundo do tipo que acabou sendo fechado após o colapso da FTX, registrando perdas acumuladas maiores do que as do Bitcoin em 2022.

Para este ano, a gestora iVi Technologies, fundada por brasileiros nos EUA, prepara o lançamento do primeiro ETF de criptos com estratégia quant da B3.

O fundo TC Digital Assets terá 50% de exposição em criptoativos, com teses mais voltadas ao longo prazo, mensurando a medida de adoção, atividade econômica, análise da tecnologia, utilidade e capacidade de execução dos times envolvidos nos projetos de criptomoedas.

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Um dos sinais considerados pelos alocadores, explica o TC, será uma métrica utilizada pela Pandhora há dois anos para identificar momentos-chave no mercado de cripto para comprar futuros de Bitcoin na bolsa de valores de Chicago.

O fundo estará disponível somente para investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras) e terá aporte mínimo de R$ 10 mil. Os ativos serão custodiados pela Coinbase Custody, que atualmente é responsável pela guarda de mais de US$ 20 bilhões em criptoativos.

Paulo Barros

Editor de Investimentos